Viva nossa pátria, viva o
Brasil e que os brasileiros vivam com dignidade, tendo todos os seus direitos
preservados.
Do que disseram os
manifestantes, dos seus depoimentos em frases curtas, colhe-se a certeza da
consciência de que estão possuídos e da responsabilidade pelo que fazem: é preciso entender que a melhor arma é a
paz; não é com vandalismo que conquistamos nossos direitos e outros.
Outros no mesmo tom, mas
ainda outros, deveras controversos, carentes de melhor instrução. Tipo: vamos mostrar que quem manda é o povo. A primeira vista, absolutamente certo, quem
manda é o povo. Esse poder de mando, contudo, tem regras a ser seguidas, o povo
não manda pura e simplesmente ou sem o devido respeito à ordem democrática.
Todo povo-nação há se
pautar mediante a palavra que dita a Constituição do seu país e toda Constituição
de regimes democráticos, em outros termos ou explicitamente, como na nossa,
prevê: Todo o
poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou
diretamente, nos termos desta Constituição.
Por meio de representantes eleitos, por meio do voto, aquele que não tem preço, mas tem consequências, quando é vendido, quando é um
direito mal exercido, que não liberta e mantém cabeças eternamente curvadas
diante de poderosos eternos.
E
quando a Constituição também prevê que o poder do povo é exercido diretamente, acrescenta, nos termos desta Constituição, ou como
se lê no capítulo dos Direitos Fundamentais: Art 5º IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o
anonimato; XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais
abertos ao público, independentemente de autorização, ..., sendo apenas exigido
prévio aviso à autoridade competente. Ou seja, na forma fantástica que
aconteceu ontem, uma falange de brasileiros, em nome da dignidade, em paz, até
vestidos de branco. Os vândalos ai não se incluem.
É
preciso ler e assimilar a mensagem que vem das ruas, os que exercem poderes
delegados não contrariem seus outorgantes. Não à PEC 37 que inibe o agir do
Ministério Público, que se cumpram as penas impostas aos condenados pelo STF,
mais atenção para as causas que afligem de morte nossa gente: saúde, segurança,
educação.
Marlusse
11:29
18/06/13