Rachid Daher Mathias
Chamamos finado àquele que nos deixou em algum momento de nossas vidas,
que partiu vítima de uma doença, de um acidente, uma violência... Seja qual for,
a causa nos enche de imensa tristeza, dando a impressão de que a dor da separação
nunca vai passar.
Depois vem aquele vazio, aquela saudade grande,
aquela vontade de tocar, de abraçar, de ver aquele ente querido que nunca mais
vai estar aqui.
O que fazer?
O que fazer?
As lágrimas que correm pelo pranto sofrido, doído é
a única coisa que acalma e deixa depois aflorar a paz e trazer a reflexão e a
fé que não pode faltar, que nos leva a pensar que apesar daquela matéria tão
querida, quente, macia já se ter desmanchado, o mais importante sempre, o
ESPIRITO, vive e sobrevive em um lugar difícil de imaginar, mas que esta lá,
junto a DEUS, que nos acolhe a todos pós-morte.
Sou humana e como humano me agarro à matéria e dela sinto saudade. É errado? Pode ser.
Por isso, sendo errado me perdoa, meu DEUS, porque
o Senhor pode e assim me consola, me ajuda a sofrer sempre menos com essa dor
da separação, com a falta dos elos perdidos.
Não me castigue pelos meus humanos sofrimentos e me permita chorar as faltas e se permita, bom DEUS, me consolar.
OBRIGADO