O tempo de Natal nos coloca numa atitude de quem espera e, se espera é porque deseja, ou mesmo, porque ainda não tem.
Natal é uma entre as tantas manifestações do amor de Jesus por nós. Só o amor, e não qualquer amor, mas amor de Deus, Jesus é Deus, justifica a capacidade de renunciar à própria natureza divina e fazer-se homem, sujeito a todas as fragilidades comuns aos homens, à natureza humana, para restabelecer o elo quebrado da aliança de fidelidade feita por Javeh com o povo eleito, o povo escolhido como seu povo.
Apesar de saber dessas coisas, ainda existe quem seja capaz de ficar indiferente, ou de não se tocar, não se comover, conviver com a realidade, de forma tão natural que acaba transbordando na indiferença. Sabe que tudo que tem, que é, se pode alguma coisa, é pela graça do Espírito Santo, mas “vai tocando a vida sem compromisso ou deixando-se levar”.
Quem estiver diante de tal insensibilidade ou fraqueza, que se pergunte: eu sou capaz de entregar a minha vida para salvar a dos outros? Foi o que Jesus fez. Esses outros são muitos, muitos, gerações de outros. Jesus foi capaz.
Que Jesus nasça no nosso coração, eliminando a indiferença da nossa alma e abrindo-nos ao seu amor para ser despejado a serviço de quem precisa, na construção do mundo, grande lar em que habitam irmãos, os que chamamos ao mesmo Deus de Pai.