Toda a liturgia do advento é um convite à humildade, à esperança, ao arrependimento e à conversão como forma de renovação da proposta de vida que Deus nos faz. Nesse projeto, verifica-se a chegada de um mundo novo onde todos os seres humanos, plantas, animais e até os minerais renascem, florescem, frutificam num convívio harmonioso. Não se trata de um paraíso que se perdeu, mas de uma nova sociedade que devemos construir. Trata-se sim de um mundo novo marcado pela humildade: um ramo brotará de um tronco, um renovo que surge das raízes.
Do profeta ainda vem o anúncio do surgimento de um rebento sobre o qual repousará o Espírito Santo portador de sabedoria, inteligência, conselho, ciência, fortaleza, piedade, temor.
Essa nova criatura ao atingir a maturidade conhecerá por dentro as realidades e não se deixará levar pelas aparências, estará cingida com a justiça que se traduz na defesa do direito dos pobres e dos pequeninos.
O mesmo profeta ainda ensina: quando se faz justiça aos pobres todas as coisas e pessoas se reconciliam. Justiça igual ao acesso a todos os direitos para que aconteça o que disse Jesus: eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância.
Deus quer que sejamos brotos novos sobre os quais repousa seu espírito, o reino de Deus só aceita os que se tornam crianças reconciliados com a natureza e com os semelhantes.
O advento é bom tempo para consolidar esse projeto.