de Edmilson Schinelo
Sexta-feira, 17 de junho de 2011 - 16h24min
Deus amou tanto o mundo,
que deu o seu Filho unigênito,
para que não morra todo o que nele crer,
mas tenha a vida eterna.
De fato, Deus não enviou o seu Filho ao mundo
para condenar o mundo,
mas para que o mundo seja salvo por ele.
Quem nele crê, não é condenado,
mas quem não crê, já está condenado,
porque não acreditou no nome do Filho unigênito.
que deu o seu Filho unigênito,
para que não morra todo o que nele crer,
mas tenha a vida eterna.
De fato, Deus não enviou o seu Filho ao mundo
para condenar o mundo,
mas para que o mundo seja salvo por ele.
Quem nele crê, não é condenado,
mas quem não crê, já está condenado,
porque não acreditou no nome do Filho unigênito.
(Jo 3,16-18)
Um termo bastante interessante no evangelho de João é o conceito "mundo". Jesus amou tanto o mundo, mas ao assumir a sua realeza diante de Pilatos, teria dito: "Meu reino não é deste mundo" (Jo 19,33). Para o Evangelho de João, o que é o mundo? É o espaço no qual estavam jogadas as comunidades cristãs, infelizmente tomado pela maldade, dominado pela cobiça do Império Romano.
No intuito de justificar seu comportamento religioso teoricamente apolítico, pessoas e grupos "espiritualizam" o movimento de Jesus. Ao dizer que seu reino não é deste mundo, Jesus estaria pensando no pós-morte ou estaria se apresentando como "rei espiritual" dos judeus. Infelizmente, muitos dos que defendem essa postura, se líderes religiosos, vivem atrelamentos vergonhosos com políticos e empresários. E, se políticos ou empresários, quase sempre pedem as bênçãos de um líder religioso para suas ações e seus empreendimentos financeiros.
Ora, ao afirmar a Pilatos que seu reino não é deste mundo. Jesus na verdade está apontando o dedo e afirmando: "Meu reino não é segundo este seu mundo". A proposta de Jesus não é de acordo com (melhor tradução do original grego) o mundo do império.
Se para o império não há espaço para misericórdia e salvação, para o Reino, conforme o Evangelho de João, sempre há espaço para o perdão: "Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele." A salvação do mundo, entretanto, depende de duas coisas extremamente escandalosas: a partilha (JO 6) e o poder exercido como serviço" (Jô 13)
Amar esse mundo para transformá-lo significa ter coragem de viver o escândalo da cruz como dizia Paulo: o escândalo da partilha!