Quem
vai a Éfeso, na Turquia, pode visitar a Casa da Virgem Maria, reconhecida como
aquela em que a Mãe viveu os últimos dias de sua vida, levada por João, após a
morte de Jesus, por medo de perseguições que pudessem atingi-la também.
Entre
as pessoas do meu grupo, uma, a certa altura, me perguntou: “mas se ela viveu
aqui seus últimos dias e não se vê um sinal de sepultura, nada que ateste o que
é dito, parece estranho...”
Em
Jerusalém, também existe um túmulo considerado como de Maria, na chamada “Abadia
da Dormição”, um túmulo vazio, porque aquele corpo onde foi gestado o Filho de
Deus, não poderia sofrer as consequências de estar na terra. Maria subiu de corpo e alma ao céu pelos
méritos e com a força do seu divino filho Jesus.
Apesar
da fé que desde sempre acreditou que a Mãe de Jesus foi assunta ao céu, a
Igreja reservou-se o direito de deixar passar os anos, fortalecerem-se as
certezas, para proclamar o dogma, isto é, uma verdade sobre a qual já não cabe
mais cogitações ou dúvidas: Maria subiu
de corpo e alma ao céu.
Foi
no dia 15 de agosto de 1950, (há 67 anos) que o Papa Pio XII, o pastor
angélico, solenemente o proclamou. É dia santo de guarda, como os domingos. No
Brasil, entretanto, as comemorações foram transferidas para o domingo seguinte.
E no dia 22, hoje, teremos outra festa mariana ou da comemoração
do: ”Nome de Maria”.
Se
pela Igreja esse acontecimento aconteceu muito tempo depois a assunção ou “dormição” de Maria com a
transferência de seu corpo para o para o céu, era reconhecido desde o século VI,
inclusive fazia-se uma procissão até o túmulo
vazio de Nossa Senhora.
Santo
Agostino ensina que a carne de Jesus é carne de Maria, logo o privilegio da assunção
decorre do fato de no corpo de Maria, o filho de Deus ter-se encarnado, ter-se
feito da natureza humana como nós. O DNA de Jesus era DNA de Maria.
Jesus
ressuscitou, deixou o sepulcro ao terceiro dia, o mesmo tinha que acontecer com o corpo de Maria. O trono de Deus, o leito nupcial do
Senhor, o sacrário crístico, devia estar
onde Ele próprio está. É mais digno conservar este tesouro no céu. A terra não
era seu lugar.
A
celebração desta festa e como a Igreja como faz em todo mês de agosto de
cada ano, coincide com as comemorações do dia do Religioso, aquela pessoa que
mediante os conselhos evangélicos entrega totalmente, sua vida a Deus. Assim o
fez Maria, com aquele Sim que mudou a face da terra.
E
que vivamos a esperança: Maria subiu céu, o mesmo acontecerá com nossos corpos,
um dia também ressuscitarão, pelos méritos de Jesus, da sua dolorosa paixão que
se fez resgate e pagamento por todos os nossos pecados.
Sirvam-nos
estes pensamentos de motivação para fazer crescer em nós nossa confiança, em
Maria, nossa Mãe, nossa estrela e guia. Só temos a ganhar.
Marlusse
Pestana Daher Do Programa "Cinco minutos com Maria"