Estava lendo um livro que
me fez ir procurar na Bíblia Sagrada, mais precisamente, entre as cartas de São
Paulo o seguinte texto da 1ª aos Coríntios.
Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver caridade,
sou como o bronze que soa, ou como o címbalo que retine.
De fato, a caridade é a plenitude da lei! Nós
sabemos disto, sabemos quanto é duro ser vítima de um gesto de desconsideração,
ser desdenhado, não acolhido, não amado.
Mesmo assim, quantas vezes
não temos para com o nosso próximo, aquela atitude de respeito e de carinho,
não o preservamos na sua individualidade, imiscuímo-nos no seu mundo,
desarrumamos suas coisas, desordenamos sua vida.
Outro ensinamento que
coincide com a mesma lição, vem de São João, na primeira de suas cartas: Nós sabemos que passamos da morte para a
vida porque amamos nossos irmãos, quem não ama permanece na morte.
Entende-se com esta a
afirmação que estávamos mortos. Quando o amor brotou, quando o amor se
potencializou em nós, ocorreu como que uma ressurreição e nos encontramos na
vida direcionados para amar, amar a Deus, amar o próximo, amar o próximo não
porque nos representa Deus – argumento mediante o qual teríamos dificuldade de
amar os inimigos, os que ainda estão na morte, porque não amam. Mas amar o
próximo porque ele é como eu e como eu, precisa ser amado. Ainda mais, amá-lo
com o mesmo amor e do mesmo modo que Jesus me amou.
Tenhamos cuidado até com
certos tipos de brincadeira, o outro pode não saber que estou apenas brincando
e com minha brincadeira acabo por feri-lo profundamente. Tenhamos caridade,
amemos sempre, todos, mesmo que nos custe.
Amando, é certo que não
teremos jamais do que nos arrepender, em caso contrário, não amando, com
certeza, acabaremos sempre por nos arrepender.
Do Programa Cinco Minutos com Maria
16 de maio de 2000 -5ª
feira