Quando o Estado não diz presente,
acaba sendo substituído por terceiros, exploradores, desqualificados, um ou
outro ingênuo com boas intenções, todos, mediante paga. Prestam “de qualquer
jeito” os serviços tirados do alcance de quem precisa.
Assim, são encontráveis aquele
dono de uma máquina de escrever, depois computador, que redige recibos,
contratos de compra e venda, de aluguel, declarações da hoje denominada união
estável, até de um ancião e uma
adolescente, conforme cópia no meu arquivo.
Para assegurar “boca fechada”,
bandos das diversas organizações criminosas chegam a sustentar famílias
necessitadas, para que assim possam delinquir livremente.(1)
Não me uno aos profetas do caos,
mas temo muito, a verdade cada vez mais evidente: marchamos para dias ainda
mais difíceis, carências de toda sorte, não só de água.
Uma nação se constitui de
território, povo e governo. A nossa, é formada de um território continente,
dotado de riquezas como poucas e que acabam contribuindo somente para
enriquecer alguns. Os métodos geram não só empobrecimento, mas verdadeiro
esmagamento da grande maioria. O que temos daria para que todos vivêssemos
muito bem, sem que ninguém precisasse ser menos rico.
Somos um povo generoso, alegre,
desgovernado. Sem atenções à saúde desde o ventre materno, sem educação de
qualidade, sem alternativa, senão do mal, como acontece com o adolescente
infrator que vê no ato infracional oportunidade de afirmação pessoal, nunca lhe
foi ensinado que o contrário é melhor.
Povo manipulado mediante
artifícios intensificados em tempo de eleições e pagos a peso de ouro a
profissionais da mentira para que criem e revistam de todo esplendor e luz que
ofusquem o discernimento e faça com que, quem as profere seja seguido e
guindado a postos chaves do comando de suas próprias vidas, porque tudo o mais
existe em função delas.
Tal qual ovelha sem pastor, essa
gente vai caindo em espinheiros que a ferem e deixam profundas marcas. Quando
acorda, de tanto ver “agigantar-se o poder nas mãos de desqualificados”, começa
a atirar pedras em quem preside. “Doida” chega a ser insulto suave diante de
montagens terríveis que envolvem a Presidente e se espalham nas redes sociais.
Ai, alguém sugeriu, a título de economia, fechar o Supremo Tribunal Federal, em
sendo confirmados os termos da conversa grampeada entre um Ministro daquela
corte e um governador investigado pela Polícia Federal.
Urge aprofundarmos os mandamentos
constitucionais. Tanto quanto para a escassez da água, importa encontrar
soluções de governabilidade para esta Nação.
Vitória, 10 de fevereiro de 2015
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