"Crescei, povoai a terra e submetei-a".
(Gên. 1,28). Com estas palavras, Deus autorizou o homem a apossar-se da terra,
habitá-la e dela recavar os frutos indispensáveis à sua subsistência.
Estabeleceu entre ambos um místico e harmonioso relacionamento pelo que, a vida
despontaria como resultado desse clima e faria todos os viventes absolutamente
felizes, sem males e sem dor.
Evitar enchentes. |
A sensibilidade da natureza é tanta, que pode ser dito:
não se ingressa sem consequências numa
mata, assim como o nosso corpo é sensível a qualquer toque que o atinja, se
não for por integração biológica, assim, o mato sofre com as pisadas, pelo
atear do fogo, pelo golpe do machado, da moto-serra, pela lâmina do trator.
Contar com o verde. |
A necessidade de proteger o meio ambiente reclamou
o aparecimento de leis. Todos os países do mundo expressaram sua preocupação
com ele e começaram a disciplinar a convivência entre o humano e os demais
seres vivos; a terra, a água, o solo, o espaço e tudo neles contido.
Surgiu a legislação esparsa, as convenções
internacionais, as declarações, como é o
caso da atualíssima de Estocolmo – 1972, cujo art. 13, preconiza: "A fim
de obter uma mais racional ordenação dos recursos e melhorar assim as condições
ambientais, os Estados deveriam adotar um enfoque integrado e coordenado de
planificação de seu desenvolvimento, de modo que fique assegurada a
compatibilidade do desenvolvimento, com a necessidade de proteger e melhorar o
meio humano em benefício de sua população".
E de tal forma vieram a ser consagrados esses
preceitos que já fazem parte das respectivas Constituições. Defender o meio
ambiente é dever que a todos se impõe.
O verde é vida |
A Constituição Brasileira não foge a tal regra. No
capítulo específico, dispõe sabiamente: "todos têm direito ao meio
ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à
sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever
de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações". (Art.
125).
Para dar certo, que se efetivem os programas de educação
ambiental que ensinem às crianças a defenderem com o meio ambiente, suas
próprias vidas.
Urge que se procedam a reflorestamentos e a todas
aquelas providências específicas reclamadas pela realidade particular de cada
lugar. É absoluta condição para que haja vida.
Marlusse Pestana Daher
Vitória, 27 de janeiro de 2014