domingo, 13 de agosto de 2017

ASSUNÇÃO DE MARIA AO CÉU


Quem vai a Éfeso, na Turquia, pode visitar a Casa da Virgem Maria, reconhecida como aquela em que a Mãe viveu os últimos dias de sua vida, levada por João, após a morte de Jesus, por medo de perseguições que pudessem atingi-la também. 

Já tive tamanha alegria. É uma sensação indescritível de paz que se prova, doce a sensação de estar pisando o mesmo solo que ela pisou, poder entrar na casa onde ela viveu.

Entre as pessoas do meu grupo, uma, a certa altura, me perguntou: “mas se ela viveu aqui seus últimos dias e não se vê um sinal de sepultura, nada que ateste o que é dito, parece estranho...”

Em Jerusalém, também existe um túmulo considerado como de Maria, na chamada “Abadia da Dormição”, um túmulo vazio, porque aquele corpo onde foi gestado o Filho de Deus, não poderia sofrer as consequências de estar na terra. Maria subiu de corpo e alma ao céu pelos méritos e com a força do seu divino filho Jesus.

Apesar da fé que desde sempre acreditou que a Mãe de Jesus foi assunta ao céu, a Igreja reservou-se o direito de deixar passar os anos, fortalecerem-se as certezas, para proclamar o dogma, isto é, uma verdade sobre a qual já não cabe mais cogitações ou dúvidas: Maria subiu de corpo e alma ao céu.

Foi no dia 15 de agosto de 1950, (há 67 anos) que o Papa Pio XII, o pastor angélico, solenemente o proclamou. É dia santo de guarda, como os domingos. No Brasil, entretanto, as comemorações foram transferidas para o domingo seguinte. E no dia  22, hoje,  teremos outra festa mariana ou da comemoração do: ”Nome de Maria”. 

Se pela Igreja esse acontecimento aconteceu muito tempo depois a  assunção ou “dormição” de Maria com a transferência de seu corpo para o para o céu, era reconhecido desde o século VI,  inclusive fazia-se uma procissão até o túmulo vazio de Nossa Senhora.

Santo Agostino ensina que a carne de Jesus é carne de Maria, logo o privilegio da assunção decorre do fato de no corpo de Maria, o filho de Deus ter-se encarnado, ter-se feito da natureza humana como nós. O DNA de Jesus era DNA de Maria.

Jesus ressuscitou, deixou o sepulcro ao terceiro dia,  o mesmo tinha que acontecer com o corpo  de Maria. O trono de Deus, o leito nupcial do Senhor, o sacrário crístico,  devia estar onde Ele próprio está. É mais digno conservar este tesouro no céu. A terra não era seu lugar.

A celebração desta festa  e como  a Igreja como faz em todo mês de agosto de cada ano, coincide com as comemorações do dia do Religioso, aquela pessoa que mediante os conselhos evangélicos entrega totalmente, sua vida a Deus. Assim o fez Maria, com aquele Sim que mudou a face da terra.

Façamos desse acontecimento, objeto das nossas reflexões nesta semana apesar de tantas outras coisas com as quais nos teremos de ocupar.

E que vivamos a esperança: Maria subiu céu, o mesmo acontecerá com nossos corpos, um dia também ressuscitarão, pelos méritos de Jesus, da sua dolorosa paixão que se fez resgate e pagamento por todos os nossos pecados.

Sirvam-nos estes pensamentos de motivação para fazer crescer em nós nossa confiança, em Maria, nossa Mãe, nossa estrela e guia. Só temos a ganhar.


                                                           Marlusse Pestana Daher                                                                               Do Programa "Cinco minutos com Maria"