sábado, 23 de setembro de 2017

COMO AS FONTES EDITAL CONCURSO LITERÁRIO ELZA CUNHA 2017

                                                                                                       


Como as fontes.


ACADEMIA MATEENSE DE LETRAS - Amaletras
CONCURSO LITERÁRIO ELZA CUNHA – Edição 2017                                                        

EDITAL 01/2017

A Academia Mateense de Letras – Amaletras – São Mateus – ES – (Brasil) torna público que se encontram abertas até o dia 30 de outubro do corrente ano, concurso literário de prosa (conto ou crônica) e poesia. Tema livre, não preconceituoso, obedecidos princípios morais. Prosa, máximo duas laudas, poesia máximo 50 versos.
Poderão concorrer pessoas de todo o Brasil ou do exterior desde que falem português.
Uma comissão qualificada fará avaliação dos trabalhos e da sua decisão não caberá recurso.
Os textos deverão ser apresentados em fonte Verdana, espaço 1,5, folha A4 e podem ser enviados para o e-mail  dahermp@hotmail.com. Identificado com pseudônimo.
Em se tratando de remessa eletrônica, faculta-se a identificação do autor (nome, pseudônimo, endereço postal, e-mail) num segundo anexo.
Alunos do ensino médio e fundamental devem colocar ao lado do respectivo pseudônimo, idade e ano que cursa, além da respectiva autorização pelos pais, se menores de 18 anos.
Serão classificados três trabalhos em cada gênero. Os primeiros classificados receberão a Comenda “Elza Cunha” com respectivo diploma, além do Certificado de participação. Os segundos, receberão uma medalha de mérito e Certificado de participação. Os terceiros lugares receberão Certificados de participação. Todos terão seus trabalhos publicados na Amaletras – Antologia III, no ano de 2018, salvo manifestação contrária no ato  da inscrição. Receberão ainda respectivamente: quatro, três e dois exemplares da antologia.
Não haverá devolução dos trabalhos.
São Mateus, 19 de junho de 2016.




quarta-feira, 13 de setembro de 2017

JESUS CRISTO É O SENHOR

É costume a gente passar a repetir coisas que ouviu dizer. As vezes, são “ditados” ou gírias, aquelas expressões  que passam a fazer parte do nosso vocabulário, como: “é ruim hem”! e outras.

Mas repetimos também verdades fundamentais da nossa fé sem a necessária reflexão, sem  atingir em profundidade o significado que têm.É costume a gente passar a repetir coisas que ouviu dizer. As vezes, são “ditados” ou gírias, aquelas expressões  que passam a fazer parte do nosso vocabulário, como: “é ruim hem”! e outras. Mas repetimos também verdades fundamentais da nossa fé sem a necessária reflexão, sem  atingir em profundidade o significado que têm.
       
Por se tratar de uma melodia fácil, a gente logo aprende e até sai por ai cantarolando: “Jesus Cristo é o Senhor”...
       
E isto é muito sério e como estamos  desacostumados  a não levar a sério as coisas acabamos nos dando mal na maioria das vezes. Vejamos, dizemos que Jesus Cristo é o Senhor. E vamos usar a concepção da palavra no contexto ou na relação escravo x Senhor. Pois bem, senhor quer dizer dono, proprietário, aquele a quem o escravo que ele “comprou” pertence. Naquele tempo... é claro! mas vale para nós em relação a Jesus, a Deus a quem chamamos Nosso Senhor.

Portanto, não nos esqueçamos disto, aliás, nos alegremos porque Este a quem como Senhor consideramos é também nosso Pai,  um Pai que nos ama, que só quer o nosso bem. E que não hesitou mandar seu primogênito, quando estávamos escravizados, não só para nos salvar, mas para ser nosso Salvador.
       
Este Senhor elevando-nos à condição de filhos, fez de nós, seus herdeiros, o que acrescenta muito à nossa pobre condição.

Sejamos agradecidos e coerentes. 
       
Por se tratar de uma melodia fácil, a gente logo aprende e até sai por ai cantarolando: “Jesus Cristo é o Senhor”...
       
E isto é muito sério e como estamos  desacostumados  a não levar a sério as coisas acabamos nos dando mal na maioria das vezes. Vejamos, dizemos que Jesus Cristo é o Senhor. E vamos usar a concepção da palavra no contexto ou na relação escravo x Senhor. Pois bem, senhor quer dizer dono, proprietário, aquele a quem o escravo que ele “comprou” pertence. Naquele tempo... é claro! mas vale para nós em relação a Jesus, a Deus a quem chamamos Nosso Senhor.

Portanto, não nos esqueçamos disto, aliás, nos alegremos porque Este a quem como Senhor consideramos é também nosso Pai,  um Pai que nos ama, que só quer o nosso bem. E que não hesitou mandar seu primogênito, quando estávamos escravizados, não só para nos salvar, mas para ser nosso Salvador.
       
Este Senhor elevando-nos à condição de filhos, fez de nós, seus herdeiros, o que acrescenta muito à nossa pobre condição.

Sejamos agradecidos e coerentes.

Ouça: https://www.vagalume.com.br/jair-pires/jesus-cristo-e-o-senhor.html

ONDE ESTÁ O TEU IRMÃO?

Às vezes nos surpreendemos querendo encontrar a causa de tantos males que acontecem e que atingem a todos. Sim, não é que quando alguém particularmente é atingido por algum mal e sente a dor das consequências, fiquem com ele. 

Se podemos dar graças a Deus porque nem nós, nem ninguém da nossa família foi particularmente atingido pela violência tão intensa que esta por ai, p. ex. não é verdade que  estejamos imunes e não só porque em nosso corpo nada chegou.

O grande mal é o pecado. Pe Angelo Comastri escreveu: a narrativa do pecado de Caim  - que matou o irmão Abel – tem o sabor azedo do primeiro fruto do pecado de Adão, de fato apartando-se de Deus o homem se aparta do homem. Surge a violência. Foi ai que se consumou o primeiro fratricídio. E Deus pede conta do irmão ao irmão; onde está Abel seu irmão? (Gen  4,9)

E Deus então é constrangido a gritar ao homem toda a hediondez do seu pecado “que fizeste? A voz do sangue do teu irmão, grita do solo por mim. Seja maldito longe da terra que por obra das tuas mãos, bebeu sangue do teu irmão.

O pecado de Caim é representação de todo pecado que de uma forma ou de outra cai por terra e macula esta terra.

Como Nossa Senhora, tenhamos horror ao pecado, peçamos a Ela que nos ajude a reconciliar-nos com Deus, por uma boa confissão e não queiramos contribuir para os males que acontecem e muito menos para que se propaguem.

segunda-feira, 11 de setembro de 2017

POESIAS DE BEATRIZ MONJARDIM

No silêncio do meu quarto

                                            Beatriz Monjardim

No silêncio e no escuro do meu quarto,
Deixo que entre pela janela aberta,
A brisa fresca e olorosa em que me farto,
Das lembranças que a brisa em mim desperta.
Coisas da infância, e em pensamento sigo,
Em busca dos meus sonhos, alma atenta;
Sonhos tão lindos, que em meu peito abrigo,
Que me dão força e o meu viver sustenta.
Consigo ver luzir os vagalumes,
Sentir das flores, os doces perfumes...
E até ouvir o criquilar de um grilo!
Quanta inocência nas noites da infância!
Sem dor de amor...sem saudades e esta ânsia...
Dormir em paz, o coração tranquilo.


Em tuas mãos

                                               Beatriz Monjardim

Perdoa-me Senhor, se ainda choro,
Vergada ao peso da desesperança...
Aflita, ergo as mãos aos céus e imploro:
Não sei se ouves... se minha voz te alcança.
Quisera ver de novo o teu olhar
Buscar o meu tão terno e compassivo...
Todo o meu ser se abrasa ao recordar
Aquele sonho em que Te vi tão Vivo!
Sei que És o Caminho, a Verdade e a Vida!
Que hás de curar toda dor, toda ferida...
E que, aos tristes, hás de enxugar o pranto.
Deponho em Tuas mãos, minha tristeza...
Ofereço-Te esses versos, na certeza,
De que aceitas meu louvor nesse meu canto.




É doce o pranto

                                      Beatriz Monjardim

Meus olhos se banharam em pranto:
Orvalho da saudade mansa
Que banha minha face enquanto,
Saudosa, lembro os dias de criança.
Já se perde o tempo na distância;
Embora a vida escoe e o tempo passe,
Relembrando os saudosos dias da infância,
É doce o pranto que banha a face...
Ah, louras manhãs ensolaradas
Que douravam a verde capoeira,
Onde eu sonhava horas encantadas,
Ao som dos grilos e cigarras cantadeiras...
As folhas secas me faziam o berço,
Na relva fresca, doce e perfumada,
Por aroeiras, goimbês __ah, nunca esqueço,
Se deste aroma, tenho a alma saturada!
O sol queimava, a terra sufocava,
Zumbiam insetos no ar parado e quente...
E eu, deitada na relva, armazenava,
Essas lembranças para o eternamente.

Ah, louras manhãs, tardes serenas,
Que ainda perduram, embora o tempo passe...
Brotam em meus olhos lágrimas amenas;
É doce o pranto que me banha a face.

LITERALIZANDO A ÁGUA


Adriana Gusmão

Ao raiar o dia, minha porta se abre em silencioso convite para a entrada da brisa matinal. Uma densa neblina dificulta a visibilidade. Ouço vozes que tão cedo já trafegam pela movimentada avenida em que está localizada minha residência. São trabalhadores que como eu, madrugaram para “enfrentar” a fila por água potável! Tão escassa, tão preciosa, tão desejada, tão essencial fonte de vida, a água vai evaporando...

Hoje, insuficiente até para gotejar em nossas torneiras, se faz reflexo da mediocridade com a qual lidamos com os bens procedentes dos recursos naturais. A ganância humana pôs preço sob o que é dádiva da natureza! A necessidade pelo bem primordial à vida – a água; obriga-nos a pagar duplamente pelo uso dos ofícios públicos, essenciais, vitais! Aliás, fica até difícil o cálculo de “quantas vezes mais” paga-se pelos insuficientes serviços prestados!

Um senhor de meia idade “abre” sua banca de jornal. Penso na manchete que antecederia uma matéria que o jornalista e escritor Euclides da Cunha publicaria se ainda estivesse entre nós: "Não ‘acudiram’ Os Sertões, agora eles dominaram o Brasil!”. Na virada do século, 1800-1900, estava ele em Canudos como correspondente da imprensa... Mas fez mais que notícias, reportagens, documentários... Euclides fez denuncia social! E, no capítulo introdutório, delatou o descaso ante a degradação dos recursos naturais e urgente necessidade de “salvar” o que se restava (sim, pois já não resta mais!) de uma natureza que ainda clama por atenção e urgentes cuidados... Não queremos viver nos sertões... Também não queremos que gracilianamente nossas vidas se tornem tão secas a ponto de pensarmos como Fabiano que “apanhar do governo não é desfeita”, que o tal do juro, do imposto, o governo, o patrão, minguem nosso precioso ordenado...  Mas o progresso nos acompanha, a ganância nos cega, o consumismo esgota os sensos de humanidade e harmonia sobreviventes em nós! Precisamos de coisas...

A fila anda vagarosamente... Muitas reclamações, porquanto a água não “caíra” nas caixas-d’água durante a noite. Embora com alto teor de sal, ela é usada para a higienização dos ambientes. Cada qual com sua queixa... seu balde... sua individualidade... seu direito... sua cidadania... É, e já se foram outros cem anos de descaso, abandono, depredação, solidão... Como no enredo de Gabriel Garcia Marques, será que estamos à espera da sétima geração para ver se concretizar a profecia do fim e, enquanto isso, nossa casa transforma-se em um paraíso decadente?! Na narrativa da vida real, será que as estirpes condenadas a tantos anos de desolação terão uma segunda oportunidade sobre a terra?
A neblina agora já subiu e, a fila, cresce significativamente. Talvez “A guerra do fim do mundo” do peruano Mário Vargas Llosa narrando ficcionalmente a “Guerra de Canudos”, publicada quase oitenta anos depois, literatizando fatos seja mais interessante... Poeticamente, até a morte vira descanso e nascem rios de lágrimas! Mas Llosa, certa vez comentou que era preciso desconfiar das utopias, pois elas terminam, em geral, em holocaustos. Que há uma estranha verdade na política, que consiste em que as soluções medíocres costumam ser as melhores soluções... Será essa opinião um fato?! Segundo o autor, não há outra saída, na política, que não seja o realismo...
― Oh, sim, por favor! Pode encher “meus baldes”! Aceita pagamento com cartão de crédito?