Pelas emoções que provaste,
quando soubeste que me formava gente
em teu ventre.
Pelas dores que sentiste
no momento em que eu vim à luz,
antecipadamente.
Pelos cuidados específicos
que me dispensaste
nos primeiros tempos de vida,
nos sucessivos
e até, quando eu já era adulta demais.
Por ter-te ouvido
cantando canções de teu tempo,
mesmo quando havia
razões de sobra
para chorar.
Por que me acompanhaste
vida a fora,
Pelos cuidados depois incabíveis
porque eu não carecia deles
e teu amor de mãe não via.
Pela preocupação se bem me alimentei
Se nada me fazia
menos alegre ou feliz.
Pelas vezes em que
tive que deixar o que fazia,
só para atender a um pedido teu.
Durante 100 anos
passaste por esta terra
sem resmungos, sem falta de amor,
Foi testemunhado numerosamente
nos comentários
inclusive de tantos amigos,
assim que te foste.
Por isto e por tudo, Mãe,
Por tudo que também não sei.
E se interrompo esse rosário de lembranças
parando por aqui,
é porque o tempo se torna curto
para lembrar tanto
e não te esquecer jamais.
Na glória eterna,
no ver Deus face a face
o mesmo que viveste respeitando
e amando.
Porque o mereceste,