Kaliane Alves, concorrente do Concurso Literário ELZA CUNHA
Oh, triste e não humilde mundo,
Oh, cruel e devastador és.
Atinge-nos a cabeça e derruba-nos os pés,
Detona-nos e ataca profundo.
Revira os neurônios e nos leva a vida,
Violenta-nos, nos bate e nos esquece.
Com tanta doença, nosso corpo apodrece,
Com tanta violência que não é detida.
Fora eu um pedinte de esmola,
Que dentre um milhão, todo mundo esnoba,
Queria tanto ascender na vida.
Hoje sou eu um escravo da violência,
Não mereço, mas sofro as penitências,
Quero sair dessas ruas sem saída.