sexta-feira, 30 de setembro de 2016

VOTO E DEMOCRACIA, QUESTÃO DE VIDA OU MORTE

Trata-se de um problema corriqueiro cuja solução ainda não se divisa, seja qual for a direção para a qual se olhe, em qualquer âmbito. Do pequeno lugarejo ao nacional.

Os anos avançam e continuamos a conviver com problemas políticos deveras preocupantes. Neste momento em particular, meu pensamento se fixa nas eleições municipais. A constatação a qual se chega com base em experiências passadas, é que na maioria dos municípios serão eleitos prefeitos cujas vidas atestam seu absoluto despreparo. E as Câmaras Municipais? Não me refiro às pessoas em si, podem ser tipos bondosos, humanos e até altruístas, mas que jamais tiveram o texto da Lei Orgânica dos Municípios, quanto mais a Constituição Federal em mãos, que não sabem o que é governar.

Ao adentrarem o gabinete em cuja cadeira se assentarão nos próximos anos, estarão a mercê de pressões, de diversas opiniões, de uma avalanche de problemas a serem solucionados, escolha de secretariado e ocupação de cargos deveras fundamentais para a administração. Sem falar nas inúmeras demandas, nos múltiplos pedidos de emprego, nos correligionários a contentar. E sem dúvida, com os primeiros invariáveis descontentamentos, com os primeiros xingamentos os quais alcançam até aquelas bondosas senhoras, suas mães.

A verdade é que mesmo quando se fala de reforma de currículos, para disfarçar, incluindo criticas aos privilégios dos professores, quais, meu Deus do céu? e outros itens pertinentes à educação,  o aspecto da educação política passa longe ou nem passa, porque o que não se constituiu não se movimenta.

Quando se presencia a escalada vertiginosa de candidatos que aparecem do nada e de boca em boca têm seu nome levado às multidões, constata-se o baixíssimo nível de capacidade crítica das pessoas, o quanto se conduzem ao toque de cornetas destoantes, como é quase nula a capacidade de discernimento possuída, como de escolha certa não se cogita, de uma boa avaliação da vida de a quem vai entregar os próximos quatro anos  de sua própria vida e de todos os munícipes da cidade onde vive sequer se pensa, não se cogitou, é deveras preocupante.

Essa democracia para a qual é suficiente saber ler e escrever para se candidatar e ocupar cargo público carece de aperfeiçoamento. Continuaremos a correr o risco de conviver com apesar de iletrados, grandes espertalhões, que cegam o povo com esmolas, enquanto se aproveitam do populismo, pura fachada, para minar cofres públicos e atravancar o desenvolvimento e ainda pior, fazer retroceder a Nação com perda de conquistas alcançadas, com sacrifício e suor desmedidos.

A educação tem que incluir política na grade curricular. Desde os primeiros anos de vida, é preciso ser dito à criança que Pátria é a grande família que deve ser amada, respeitada e que sua grandeza não se faz com apenas alguns, mas com o concurso de todos.

É inconcebível que motivações, qualquer que seja o nome que  tenham, levem pessoas a matar outras como vem acontecendo nos últimos dias em diversos lugares do nosso país. É inaceitável que o crime organizado leve terror às cidades. Que se continue impotente diante de tanto vandalismo perpetrado por bandidos, que incendeiam até escolas, mesmo sabendo o preço de seus crimes.

Não podemos fazer do voto uma arma, ele é instrumento da democracia, o momento em que o poder popular se potencializa e se manifesta. Não deve ser visto como um peso, não pode ser omitido, é mesmo, questão de vida ou morte.

Este 2 de outubro é o grande dia, podemos selar nossa redenção ou nossa condenação. A escolha é pessoal, é de cada um de nós.


                                   

Marlusse Pestana Daher
30 de setembro de 2016 09:18

domingo, 11 de setembro de 2016

O QUE É NAÇÃO?


Nação. Revejamos o que é, como se compõe.  Fala-se em nação indígena, nação brasileira. Só se poderá falar em nação se existir um povo, ou pessoas que morem nela ou numa fração de continente que corresponderá ao seu território e cujas divisas serão respeitadas pelos vizinhos. Outro requisito é que fale uma mesma língua e que tenha exatamente as mesmas aspirações, os mesmos desejos, as mesmas esperanças.

O Brasil é uma nação. Não tenho nenhum receio de afirmá-lo. Cá estamos nós, mais de duzentos e dez milhões de almas, aboletados num território de mais de oito milhões e meio de quilômetros quadrados, falamos a mesma língua, a portuguesa, e com certeza somos unânimes em querer viver em paz, com principalmente nossos direitos fundamentais e os sociais respeitados. Não gostamos de violência, deploramos as falcatruas e estamos todos os dias de um modo ou de outro mandando dizer aos políticos que como está, não pode ficar.

Mas se por um lado, temos as mesmas aspirações, por outro, andamos, muitas vezes às turras, percorrendo caminhos distintos, insistindo em não querer ver o que é evidente, hostilizando quem não pensa como a gente, insistindo com métodos que já foi comprovado não darem certo.

Usando a mesma Palavra de Deus ousamos dar a ela tantas interpretações que acabam contribuindo para a multiplicação de seitas e distanciando a aspiração divina de que todos sejamos um. Esta atrapalhada, levamos para nossa vida política e eis-nos convivendo com 35 partidos políticos cuja ideologia não é seguida por ninguém, porque fazer política da forma como é feita, não é exercer a arte do bem, mas buscar  poder para levar vantagem o quanto mais possível em tudo. Os mandatos são temporários, muitos dos que os exercem acabam por ser eternos, já que os detêm por anos a fio e o que é pior locupletando-se.

Tem-se dito com insistência que a falta de educação que gera instrução, que leva a ver o que acontece, ter capacidade de discernir e julgar para agir conforme, é a grande lacuna da nossa sociedade. É mesmo. Por outro lado, sabe-se que as pessoas não se animam a ler, a se informar, conhecer diferentes pontos de vista sobre os fatos e ter condição de emitir seu próprio juízo. Passa-se horas e horas diante do computador,  ocupando-se só de amenidades, escrevendo outras e não construindo nada.

Quantos livros podem ser baixados na internet, quantos artigos de tanta gente são encontrados e que podem contribuir para formar pensamento crítico, mas não  interessam. Quem sabe têm preguiça.

Assim tornam-se presas fáceis de manipuladores. Na política, acabam pegando a onda na incrível, ainda que muitas vezes imoral, capacidade que têm os marqueteiros de produzir fatos, inverter realidades, suprimir a verdade. E repetem frases fabricadas, de efeito delirante, que não pegam.

Penso que importa não apenas ocupar um lugar no território, falar a mesma língua, mas buscar alternativas, não ser mero figurante, mas dar-se oportunidade de protagonizar a própria história.

Temos diretrizes seguras e sólidas que podem ajudar a mudar tudo, muito tempo já foi perdido e não será recuperado. É preciso querer. Ai estão as eleições municipais, cuidemos  para não errar, porque as consequências são terríveis e acabam com a gente, sobretudo com os mais vulneráveis.

Querer é poder, se quisermos, poderemos mudar tudo, comecemos por nós.



                                                                     Marlusse Pestana Daher    Vitória, 11 de setembro de 2016 23:15


quarta-feira, 7 de setembro de 2016

MUITA MORTE, POUCA INDEPENDÊNCIA

7 de setembro é dia da Independência do Brasil, dia em que depois de muitas lutas e muitas vidas ceifadas, como aconteceu na “inconfidência mineira” e tem em José Joaquim  Xavier, o Tiradentes, o nome mais conhecido, até pela martírio pelo qual passou.

Cansados de ser subjugados a Portugal, atendendo a apelo que lhe foi feito, o Imperador D. Pedro, depois de tomar conhecimento através de um emissário que a corte portuguesa acabara de adotar novas providências ainda mais escravagistas em relação ao Brasil, estando às margens do arroio do Ipiranga, na cidade de São Paulo, autorizou os soldados que o acompanhavam a lançar fora os laços que portavam no chapéu e que simbolizavam pertença ao reino português. Ergueu sua espada e proclamou: Independência ou Morte.

Depois veio também a Proclamação da República que deu novo status ao nosso país. Livramo-nos do jugo português. Entretanto, a história nos tem mostrado que continuamos subjugados a governos corruptos que ao invés de promover o bem do povo, como prescreve a Constituição que eles juram cumprir no ato da posse, procuram tirar o máximo proveito enriquecendo a família inteira e seus apaniguados.

Pecam contra a honra, demonstram falta de caráter, pouco se importam com a sorte do povo, principalmente dos pobres aos quais se não forem dadas condições de trabalho com salario suficiente para viverem com dignidade, vão continuar peso e impedir o desenvolvimento.

A independência do Brasil foi proclamada, mas ainda estamos longe de viver à altura de povo livre e deveras soberano. Somos usados pelos governantes e o pior é que nós é que os elegemos.

Pensemos bem, na eleição este ano, temos tudo para começar a mudar nossa sorte. Mudanças só acontecem se nós as promovermos fazendo cada um a sua parte.

Independência ou Morte disse o Imperador, os sinais são de que muitos ainda preferem a segunda opção, a morte.  


terça-feira, 6 de setembro de 2016

SANTA TERESA DE CALCUTÁ

Foi com grande alegria, aliás, uma alegria espalhada pelo mundo inteiro que acompanhamos a canonização da Me Teresa de Calcutá. Em Roma, a cerimônia foi acompanhado por mais de cem mil pessoas e presidida pelo Papa Francisco.

O que aconteceu neste domingo, 5 de setembro de 2016, foi a confirmação da Igreja do que ninguém tinha dúvida, Me Teresa de Calcutá demonstrou com sua vida que vivia a radicalidade do Evangelho que seguia sem descontos, à imitação de Jesus. Sempre foi santa.  


Já religiosa, trabalhando na Índia, ela se incomodou ao ver pessoas caídas pelas ruas de Calcutá, mendigos e doentes, carentes de cuidados, necessitados de amor e mesmo sendo inicialmente contrariada, ela persistiu na ideia de fazer a sua parte, de um modo como não se via em outras instituições.

Iria fazer algo a seu modo ou como profundamente entendeu que o Senhor a inspirava.  Surgiram as Missionárias da Caridade, vestidas de um sari branco com listas azuis, como o manto de Nossa Senhora. Boas discípulas da sabia Mestra estão espalhadas por muitos países e contam o expressivo número de seis mil irmãs. Chegaram a Vitoria no dia 10 de setembro de 1986, há trinta anos portanto. Assistem pobres na forma pela qual surgiram.

Nesta segunda-feira, cerca de quinhentas pessoas compareceram lá na casa das Irmãs da Me. Teresa, situada no bairro de Itararé e depois de ouvirem um relato, ainda que bastante completo, breve, da história de vida da Me. Teresa. Em seguida participaram da Santa Missa presidida pelo Arcebispo Metropolitano, D. Luis Mancilha Vilela. Presentes ainda o pároco da Paróquia de São Pedro na Praia do Suá e um diácono.

Todas pessoas edificadas com o exemplo de uma mulher de estatura pequenina, mas gigante na alma e em espírito, que nunca deixará de encantar o mundo com seu exemplo e que no céu continuará intercedendo pelos pobres, seus prediletos, e também por todos nós.





                              Marlusse Pestana Daher                                                      Programa 5 minutos com Maria de 6 de setembro de 2016

sábado, 3 de setembro de 2016

INTÉ, AURINHA!

A Áurea Maria Pirola Santos Silva

No dia em que Deus a chamou, todos ficamos imensamente tristes, ninguém queria que acontecesse, mas Ele não faz consulta, muito menos pesquisa para saber o que queremos, quando se trata de cumprir o que desde toda a eternidade está escrito.

Ela ficou sorrindo na nossa lembrança. 
Perplexos, passamos aqueles últimos instantes ao seu lado, rezando e até cantando, em homenagem a você, dizendo bis ao que você também gostava.  A morte foi o único obstáculo que aconteceu em sua vida e que pela garra com que sempre se houve, você não conseguiu vencer.

E como muitas vezes me aconteceu, inclusive em nossas conversas,  lembrei-me de que “somos galinhas de Deus”. Esta expressão ouvi de você no dia em que velávamos seu querido irmão Agilson. Com ela, e era ainda muito jovem, resumiu sua dor e desabafou.  Quis dizer que Deus pega e leva quem Ele quiser.  

Era muito próprio de você arroubos de tal natureza. Digamos, você sabia ser engraçada.

Estivemos juntas nos dois últimos encontros das “Meninas de São Mateus”, quando apesar dos pesares, você se mostrava exuberante, movida de uma esperança admirável, esperançosa quem sabe, de um milagre de Deus, verdadeiramente o que se pode dizer, é que você era capaz de esperar contra toda esperança.

Sua alegria que unanimemente todos os que a conheceram decantam, valia a pena. Filha dos seus pais, irmã-mãe de seus irmãos, atenciosa com todos, a mamãe amorosa de Nanando, Bício e Sansandro.

No dia das mães passado, eu a vi na Igreja de São Francisco assistindo a Missa com os três. São meninos de ouro que com seu jeito singular, habilidade, muito amor, resultou na belezinha que são os três.

Ao seu lado inerte, lá estavam eles. Um perto do outro, mudos, olhares quase incompreensíveis, talvez indagassem por quê? Pelo tanto que era presente em suas vidas, pelo tanto que os sufragaste em todos os instantes, por tudo que mãe de tanto quilate como você foi, era inevitável não perceber o quanto a dor de perdê-la neles doía.

Fazer o quê? Como você gostava de cantar, tem-se que continuar vivendo sem ter a vergonha de ser feliz, tem-se que prosseguir e mesmo se o pranto rolar, caminhando e cantando, seguindo a canção.

Tudo passa, nós também.  Afinal de contas, o que lhe aconteceu, a nós acontecerá, é só questão de tempo.

Há um mês de sua partida, pedimos a Deus que a tenha em seus braços. Está bem, quem nos braços de Deus está.

Inté, Aurinha!
                                                                                     

Marlusse Pestana Daher
3 de setembro de 2016 14:33

sexta-feira, 2 de setembro de 2016

CONVERSÃO AO AMBIENTE


No dia 6 de agosto do ano passado (2015), a Igreja comemorava a Festa da “Transfiguração do Senhor”. A data foi marcada pela divulgação da carta do Papa Francisco, amante da natureza como seu santo inspirador,  que instituiu o 1° de setembro, como “Jornada Mundial de Oração para o cuidado com a Natureza”.
 Às nossas atenções voltadas para os últimos nem tão ditosos recentes acontecimentos, - como sempre protagonizados em clima de política que não se pode considerar no seu aspecto científico como ciência da governança de um Estado, nem como arte, quando deriva de polis que designa o que é público, - passou praticamente despercebido o dia de ontem, quando deveríamos juntar a nossa prece a de todos que se reuniram para elevar súplicas ao Senhor da Vida para que tenhamos todo cuidado com a natureza.

Mas o Papa rezou com muitos. Celebrou e no seu discurso que a imprensa católica divulgou amplamente, disse que “a ocorrência pretende oferecer a cada crente pessoalmente, e às comunidades, a preciosa oportunidade de renovar sua pessoal adesão à própria vocação de guardas da criação”.

Vocação que significa chamado foi como denominou o Papa a esta nossa obrigação. Por ela agradeçamos a Deus que confiou aos nossos cuidados, sua obra maravilhosa,  pelo que nos compete invocar sua ajuda e proteção para que bem possamos realizá-la.

A preocupação com o futuro do planeta é tarefa que compete a todos nós. Não acreditávamos, mas agora sentimos na pele as consequências do desamor com que sempre nos houvemos em relação ao criado. É indiscutível que "os problemas ambientais como sua degradação derivam de uma ainda indestrutível crise moral e espiritual". A cobiça sempre fala mais alto. Ainda hoje, era noticiada a  morte de tantas onças cuja espécie assim se ameaça. Tudo indica que os delinquentes se comportam como se ninguém, nem nada mais existisse a não ser sua cobiça: encher bolsos com muito dinheiro.

Lembrou ainda o Papa que “não podemos nos sentir indiferentes à perda da biodiversidade, à destruição dos ecossistemas, frequentemente provocados pelos nossos comportamentos irresponsáveis e egoístas”. E a nossa indivisibilidade com o meio ambiente, posto que, “quando maltratamos a natureza, maltratamos também os seres humanos”. Tudo que fere a terra e tudo que nela está  repercute em nós, pode causar feridas purulentas e deixar marcas.

Vamos assinalar em nossas agendas mais esta ocorrência mundial: 1° de setembro, jornada mundial de orações para o cuidado com a criação.

E não só. Importa rezar todos os dias em tal intenção. Se não estivermos suficientemente sensibilizados é porque desconhecemos. Basta que procuremos nos instruir com tantas lições que a respeito existem. Na internet, companheira nossa de cada dia, podem ser encontradas infinitas informações, na forma que se quiser, sobre o que se quiser, revitalização de rios, plantação e cultivo de mata ciliar, tudo.

Convertamo-nos pois, a ser cuidadores da criação, da terra tudo nos vem. É necessário nos penitenciarmos pelo mal que já fizemos, firmar propósito de olharmos a criação com toda a misericórdia porque nada no momento se configura mais atual, mais urgente, mais necessário que a conversão de todos nós à causa do meio ambiente.

Marlusse Pestana Daher
2 de setembro de 2016  21:10



quinta-feira, 1 de setembro de 2016

A VIDA COMO LEITURA


Aprendi que nem sempre a melhor leitura nos é proporcionada pelos bons livros. Gosto de refletir sobre o que dizem ou como se comportam as pessoas, e não é para julgar, mas para entender como são, do que gostam, como se comportam, como se manifestam, o que aspiram, com o que se contentam ou não.

Este período de campanha eleitoral é deveras propício. Neste ano, apesar do silêncio imposto pela legislação que contém os arroubos no palanfrório que grassa, das limitações ao exagero que causam poluição visual, no salão-de-beleza e congêneres, por exemplo, as conversas, mesmo entre pessoas que se veem pela primeira vez, constituem boa leitura, um volume “nas nuvens” que bem usado, oferece excelente aprendizado pela profundidade da qual se reveste.

A crise generalizada em que foi imerso o Brasil deriva do populismo barato com que preferem se mover governantes investidos em altas funções que abandonam os grandes compromissos, ditames constitucionais, previsões legais que podem conduzir a bom termo sua gestão, para satisfazer “coisitas” agradáveis ao povo, que malgrado nosso, na sua grande maioria, não sabe exatamente o que quer.

O bom governante se assemelha ao pai de família que sabe negar uma pretensão do filho, em vista do bem maior que a ele, da sua negativa pode advir.

É assim que se pode ouvir uma pessoa dizer: “vou votar em F. porque ele não tem medo de nada, mete o pau nos ricos”. Evidente que os ricos (onde provavelmente nem se encontram aqueles aos quais ela possa diretamente se referir) é que a incomodam. E ao emitir tal parecer como em outras oportunidades, revela o mais exacerbado preconceito contra uma classe social que certamente não é a dela. No caso da cor da pele,  esta será diferente da sua.

De outra: “ah o prefeito deveria fazer mais abrigos nos pontos de ônibus, calçar as ruas”... Pode ser que não se lembre que os abrigos serão tanto menos necessários, quanto maior for a oferta do transporte coletivo, como o calçamento da rua não é suficiente, se não tiver sido preparado “o que fica embaixo do chão.” E ai, porque não se realizam do dia para a noite, como o que está sendo feito na Av. Leitão da Silva, os compadecidos são os comerciantes que fecham suas portas. Não se sabe que grandes empreendimentos requerem também, sacrifícios pessoais.

E como candidatos também não estão isentos desses pequenos desejos prometem-nos e se frustram e frustram expectativas, ante a realidade que é sempre outra.

Não podemos jogar pedra em ninguém, mas nem é proibido dizer que somos um povo muito mal educado. Educação vem de berço sim, mas também do ensinamento na família e nas escolas. Como não se pode falar de educação, sem falar de saúde: somos um povo um tanto quanto doente, carente de medidas sanitárias que previnam males e  mantenham corpos sãos para que sãs sejam as mentes.

Mas é como disse em artigo passado, não podemos achar que ao governo compete tudo e tudo devemos esperar que ele faça. Cada um de nós tem que fazer a sua parte, na grande engrenagem da vida, somos infinitas peças interdependentes, pelo que, a falta de apenas uma, prejudica o conjunto.

Pensemos bem. É ano eleitoral, onde cada um de nós, no isolamento de nossa consciência depomos na urna o nome dos que escolhemos para gerir a coisa pública, para nos representar. É porque mal escolhemos que estamos sempre a nos dar mal.

A hora é boa para começar a mudar tudo, para virarmos a página da política de favores baratos e corrupta, de escrevermos uma nova história. 

Mãos a obra.

Marlusse Pestana Daher

1 de setembro de 2016 17:46