Coloquemo-nos ao lado de
Maria e José na caravana que ruma para Belém. Caminhada que começou desde as
primeiras horas da manhã e que exatamente por volta destes instantes vai
chegando a termo. Já se começa a divisar ao longe, as primeiras casas, os
primeiros sinais de que chegavam à cidade de Belém (Davi).
Maria está cansada, mas não
arrefece o passo. José olha pra ela, com a serenidade de quem sabe a
intensidade do mistério que viviam, não é que fique preocupado, sabia que o
Deus da vida jamais falta com sua ajuda e com sua graça e até mais, precede
cada necessidade de quem como eles, José e Maria, se entrega à sua ação,
se disponibiliza por inteiro ao
cumprimento de Sua vontade.
Eis Belém, alguns se
dirigem para casas de parentes ou amigos e se acomodam o melhor que podem,
outros se dirigem às hospedarias e pagam o que pedem os donos que aproveitaram
da oportunidade para elevar os preços e ganhar mais. Outros ainda, se arrumam
em tendas bem poucos não terão de ficar como o Filho de Deus que desde já
demonstrava que ”não tinha onde reclinar a cabeça”.
Santa Maria, Mãe de Deus e
Mãe dos homens, contemplamos teu despojamento e mais uma vez, queremos aprender
de ti o desapego pelas coisas que passam; contemplamos tua simplicidade, o teu
contentar-se com o que foi possível ter
no maior momento da história
protagonizada por ti. Intercede por nós para que tenhamos um coração de pobre, porque é assim, que
possuiremos a terra.