quarta-feira, 7 de outubro de 2015

HABEMUS PAPAM


 Desde o início do seu pontificado o Papa Francisco busca uma Igreja povo, do povo, para o povo. Igreja, verdadeiro corpo místico de Cristo, o qual está em toda parte, do qual ninguém se possa sentir excluído.
Nesse diapasão, ressoam suas exortações onde quer que vá, sempre dirigidas a todos indistintamente, traduzem sempre a consciência de representar Cristo na terra, aquele que disse: “vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância”. Tem procurado fazer-se um, entre todas as gentes. A saúde é débil, mas não o impede de enfrentar distâncias. Em sendo esta sua tarefa, assume-a, sabe que lhe resta cumpri-la. 

No momento, desfilam em nossas retinas sua última peregrinação a partir de Cuba, onde esbanjou testemunho da misericórdia que até já o levara à proclamação de um jubileu sobre o tema, a ter início no próximo 8 de dezembro.


 Este Papa latino-americano que com o seu pontificado, não diminui o, dos seus antecessores, está consagrado de maneira fundamentada à Igreja da qual vem revolucionando costumes milenares. Entende que pode prescindir do fausto do Vaticano, prefere um Fiat 500 a carrões, e começa fazendo o que pede seja feito pelos pastores da igreja. A Bispos, padres, seminaristas e religiosos, na catedral de Havana disse: “A riqueza empobrece” a riqueza torna pobres (de espírito) enquanto a pobreza é o “muro e a mãe” contra as mordomias”. 

Com o Ditador Raul Castro
Demonstrou propósito firme de falar com todos os cubanos de “qualquer credo ou opinião política, que vivam no país ou fora dele”. Foi criticado por não ter falado de direitos humanos, mais precisamente, que não teve tempo para falar com quem defende estes direitos, como se tudo de que falou direitos humanos não fossem.

Condenou com veemência e clareza “a sociedade do descarte ou da exclusão pedindo que a ela seja contraposta uma sociedade que inclui, que torna capazes de dialogar e de cooperar seja do ponto de vista religioso, social e politico, os velhos e os jovens. A esses últimos conclamou: “espero que vocês, jovens cubanos, mesmo tendo pontos de vista diferentes, caminhem juntos na busca da esperança, do futuro e da grandeza da pátria”.

Esteve todo o tempo sob a mira de opositores que puseram em dúvida sua catolicidade aos quais respondeu simplesmente: “se quiserem, posso proferir o credo”!

“Habemus papam” não somente o homem vestido de branco que aparece na janela do Vaticano para abençoar o povo, mas um pastor segundo as necessidades da Igreja, povo de Deus, nos dias que correm. Glórias a Deus!




Vitória, 05 de outubro de 2015