Existem coisas que estão acima da
nossa compreensão, da nossa capacidade de ver claramente ou em detalhes, de
saber os porquês. Neste grupo, se incluem os desígnios de Deus.
Nós nunca chegamos à conclusão que
queremos a respeito dos males, das doenças, das coisas que nos ferem tanto, da
morte que nos deixa arrasados. Em pranto.
Existem coisas que Deus faz ou
permite que aconteçam e mesmo que desejemos, Ele não vem em nossa ajuda do
nosso jeito.
Nosso querer é diferente do querer
de Deus e é diferente porque apesar de termos sido criados à Sua imagem e
semelhança, pelo pecado, nós nos desigualamos e esta desigualdade faz muita
diferença, no sentido de que tira de nós os atributos divinos, as graças que
recebemos a partir do batismo e ficamos de certa forma mutilados o que nos
impede de estar na mais perfeita comunhão possível com Deus e assim, nosso
coração bater no ritmo do coração de Deus, nossos passos nos conduzirem nas
pegadas dele, sermos de fato um membro sadio e útil do corpo místico do qual
Cristo é a cabeça.
Esquecemos que Deus é Pai, que Deus
nos ama profundamente, mais do que possamos imaginar. Fomos criados para a
comunhão com Deus e é o afastamento dele que nos causa as dores que chamamos de
tantos nomes que arranjamos e distanciamos a certeza da realidade mais perfeita
do que Deus é em nossa vida e nós burramente, ofuscamos, esquecemos.
Maria, mãe de Deus e mãe dos pobres,
intercede por nós no sentido de que nunca nos esqueçamos que fomos criados à
imagem e semelhança de Deus e sempre que precisarmos, faze lembrar-nos.