Domingo, 30 de novembro, comemoramos o primeiro domingo
do advento o qual marca nosso ingresso nesse tempo fértil que se traduz na
preparação da chegada de Jesus.
Segundo D. José Policarpo, Cardeal Patriarca de Lisboa:
o tempo litúrgico que hoje iniciamos, preparação para a Festa do Natal do
Senhor, propõe-nos a vivência e o aprofundamento da virtude teologal da
esperança. E o momento presente da Igreja e da nossa sociedade sugerem-nos a
urgência da esperança.
Para quem tem fé, o advento se constitui em excelente
oportunidade de relembrar o grande mistério pelo qual Deus demonstrando
absoluto desapego de sua condição divina, despojou-se dela e fez-se homem, nada
menos, para que os homens fossem salvos, se tornassem como Ele, readquirissem a
semelhança divina, mediante a qual foram criados.
É igualmente um tempo forte, olhemos para Cristo
presente na humanidade e representada por todos os homens. Tudo quanto endurece
os corações se há de dissolver à luz do Evangelho e hão de ser vistas atitudes
novas que os homens aprendem com Ele.
O Filho de Deus nasce como homem, o advento é
também tempo de nascimento.
Tomara que todos estejamos dispostos a construir um
tempo novo, deixemos de lado o velho homem e comemorando o nascimento de Jesus,
renasçamos com Ele com os mesmos
sentimentos que O trouxeram ao mundo: o propósito de realizar uma missão
salvadora que retire todos os homens de qualquer situação degradadora a que
esteja submetido.
Tudo fundamentado na Esperança, que como a Fé e a Caridade, é virtude
teologal.
Creiamos, um novo mundo é possível, um mundo sem
divisão de classes, um mundo sem traficantes, sem opressores, onde cada pessoa
possa não se sentir angustiada pela falta de emprego, logo, de um salário que
assegura o pão na mesa, por exemplo.
Este é o Natal que queremos para nós. Este é o Natal
que vamos desejar a todos, com a graça de Deus e sob o olhar de Nossa Senhora.
Preparemo-nos.