quinta-feira, 24 de abril de 2014

TENHAMOS A AUDÁCIA DO NOVO

Os atos comprovam que as autoridades constituídas para a manutenção da ordem e do direito de ir e vir do cidadão de bem se perderam na prepotência dos vândalos, inimigos da lei, daqueles cuja desordem emocional e dos conceitos pelos quais são comandados lhes dita, que melhor é deixar a senda do bem, do que é bom e provocar terrorismo, destruir, matar, agir segundo o inverso de tudo.

Entrevistado no “Bom dia, ES” o Secretário Estadual de Segurança  disse que no Rio de Janeiro, participara de um encontro com seus pares no Brasil. Em pauta, a forma de todos agirem em consonância ou segundo os mesmos princípios. Tinham em vista o horizonte nebuloso que já se vislumbra por aqui, por ocasião da Copa do Mundo.

E se bem entendi, a certa altura do debate e ante o sentimento de tanta e tamanha fragilidade, seus olhares se voltaram para o advento de uma nova lei em trâmite no Congresso que irá ajudar o policial “no front”, a saber como se determinar, ante as prováveis badernas que estão sendo projetadas, articuladas e que é difícil pensar que não vão acontecer, daqui a alguns dias, enquanto a bola rolar.

Causou-me imenso mal estar, pensar que caso não tenhamos a tal lei e ele mesmo falou da exiguidade do tempo para que seja votada e sancionada, estamos todos inexoravelmente condenados a subir todas as consequências dos mal intencionados descritos acima, ou constrangidos a nos fecharmos nas nossas casas.  Segundo o mesmo secretário, o novo texto determinará como agir contra quem depreda o patrimônio público, contra o agressor, contra os vândalos de toda sorte.

Qual mantra tenho repetido: não precisamos de mais leis. Com a legislação vigente no nosso país, temos todas as condições de inibir a violência, prevenir contra a desordem, punir os transgressores e conceder a todos o direito de viver sem medos.

Entre tantas dúvidas, uma certeza: o que está acontecendo é consequência da desordem que começa na cabeça de quem pode mais e que com tanto desgoverno, desgoverna o país e o povo. É verdade: “se este governo governar o Saara, em breve lá, não teremos um único grão de areia”.

Estamos marchando em passos sempre mais rápidos e mais largos rumo ao caos irreversível. Agora, ainda está em tempo. Coincidentemente, a sorte nos encontra em ano eleitoral, quando é possível mudar o rumo da história que protagonizamos.

“O voto que não tem preço, mas tem consequência”, é a arma poderosíssima da qual dispomos. Mudemos com ela o curso da nossa história.

Sejamos corajosos, tenhamos a audácia da aventura do novo, façamos do dia das próximas eleições, o primeiro dia do resto de nossas vidas com a qualidade que merecemos.


Marlusse Pestana Daher
Escritora e Mestre em Direito

24 de abril de 2014 18:05