sábado, 18 de janeiro de 2014

PARTIDOS POLÍTICOS


Abomina-se o tempo em que o bipartidarismo dominou em nosso país.


Houve restrição das liberdades, a opção política se restringia a ser oposição ou situação. 



Na plenitude dos tempos, aconteceu a abertura e muitas coisas mudaram. Os partidos políticos se multiplicaram e pelo modo como se comportam, fazem jus a serem definidos como  "união voluntária de cidadãos com afinidades ideológicas e políticas, organizada e com disciplina, visando a disputa do poder político".

Entre as críticas que a eles se fazem, está a falta de ideologia, ou melhor dizendo, de metas que orientem sua caminhada e mediante elas se hajam, quando no exercício do poder que uma vez alcançado, nenhum quer perder, nem se importam se os meios para se perpetuarem forem menos nebulosos, como o exemplo é recente.

Tais metas  não foram omitidas no texto dos seus estatutos ou não teriam logrado registro, antes porque só se ocuparam delas, no momento da respectiva redação. O que se veem são filiações cujo ato restringe-se à assinatura da respectiva ficha, a proposta que o partido tem a maioria desconhece.

São frágeis, tal fragilidade  se reflete no como se escolhe um candidato: em virtude de laços familiares, amizade ou compadrio, troca de favores, expectativa de cumprimento de promessas de toda sorte. E aqui o partido assume potencialmente o sentido do termo: Partido Político, do latim, pars, partis: = rachado, dividido, desunido".

Nem falta uma confusão generalizada entre democracia e cidadania, quando não se pensa se tratar da mesma coisa. Democracia é o governo do povo mediante escolhidos e cidadania é a capacidade de distinguir entre direitos e deveres, exercê-los em plenitude, não renunciar ainda que em parcela mínima a qualquer expressão dela.

A democracia será tão mais expressiva quanto mais consciente for   o exercício em potencial da cidadania. Requer então que se saiba da proporção de liberdade que encerra, que não se destina a uso restrito ou pessoal apenas, mas mediante o pensamento das consequências coletivas que podem advir do seu mau uso e do atravancar do passo de uma nação que outra coisa não é, senão os homens e mulheres, viventes na mesma reunidos.

Não obstante contarmos com nada menos que trinta e dois partidos, incluindo o Solidariedade, o que temos em verdade é situação, formada pelo PT e sua base aliada e a oposição, os outros, no momento liderada pelo PSDB, um bipartidarismo à novos tempos.

Muito se fala em reforma política, está-se sempre na expectativa de que aconteçam coisas diferentes, mas tudo permanece como antes.

O 33°, o Partido de Todos os Outros,  - PTO - desconhece a força que tem e não sabe que sozinho pode derrubar os demais.

 
Podemos formar o PQQ, "Partido de Quem Quiser", com  fim obrigatório e único: usar nossa voz, ser cidadão em potencial e fazer valer os ideais da democracia, quando então o Brasil será de todos e os bens que temos, sem empobrecer ninguém fará chegar a cada um seu próprio quinhão.

16:01 - 18 de janeiro de 2014