segunda-feira, 14 de julho de 2014

EU VI MESMO O ANJO?


Tenho pensado muito nos momentos que Nossa Senhora terá vivido, quando o Anjo Gabriel saiu de sua casa, levando o consentimento que deu para que Jesus se fizesse homem e viesse nos salvar.

Afinal de contas, Maria era uma mulher da mesma natureza das demais e plenamente humana. Portanto, é possível que possa ter experimentado momentos de dúvida, mesmo sem permitir que viesse a menos sua fé. 

Por exemplo, poderá ter perguntado: será que eu vi mesmo o Anjo? Falei com ele? Estou grávida do Filho de Deus? E ficou em silêncio, mesmo ante a perspectiva de deixar José confuso ou sem entender o que estava acontecendo.

É ai que se lembra que o mensageiro também lhe dissera que sua prima Isabel já de avançada idade, esperava um filho, porque para Deus nada é impossível.

Como está no evangelho de Lucas: naqueles dias, Maria foi às pressas às montanhas da Judeia. Ocorreu-lhe que a particular condição de Isabel propiciaria que, como ninguém, pudesse entendê-la. Foi esta certeza que animou Maria a ir ao encontro da prima, e qual não é sua surpresa ao constatar que antes de dizer qualquer coisa a prima demonstra que já de tudo sabia.

Maria então entoa o mais lindo dos cantos que começa engrandecendo a Deus por tudo que em si havia feito. É possível imaginá-las, abraçadas, ingressando casa a dentro, o servir de alguma coisa para quem depois de caminhada, certamente carece, as conversas, o comunicarem as maravilhas operadas por Deus em suas vidas.

Isabel terá dito o porquê da mudez do esposo Zacarias. E nos dias seguintes, outras comunicações entre elas guardavam o mesmo tom de quem espera um filho, nos seus casos em particular, sobre a particular missão a que ambos estavam destinados.


Guardadas as devidas proporções, reconheçamos que também nós temos muito a agradecer. Aprendamos com Maria e tenhamos sempre entre os lábios um canto de louvor ao Deus que porque tanto nos ama,  nos criou.