sábado, 14 de junho de 2014

DEVEMOS SER MARIA

A casa da Virgem Maria, no alto daquela montanha de Éfeso, hoje tem estrada boa para subir de carro, de ônibus, do que se for. Mas a Mãe ao cume,  terá chegado, fazendo paradas para descansar. Entre oliveiras e outros bens da flora, certamente tendo ao lado João, quantos dias terá gasto? Seja lá quais forem tenham sido as circunstâncias, os acontecimentos, as intempéries, o vento forte que vinha do mar, foi uma caminhada pautada pelo sabor maior de muito amor. 

Com quatro paredes apenas, a casa conta com um altar no centro, onde está uma imagem de Nossa  Senhora das Graças cujas mãos foram perdidas. Melhor dizendo não foram encontradas.

Nossa Senhora sem as duas mãos, sugere que assim como ela usou-as para amar e servir, hoje, suas mãos devem ser substituídas para o mesmo fim, pelas nossas mãos.

Sabemos que o Deus que nos salvou sozinho, esquecido de sua natureza divina, fazendo-se obediente até a morte e morte de cruz, quer continuar operando tal salvação em nosso tempo, mediante nosso concurso, e juntamente com a Virgem Maria.

Está assim explicado que as mãos que faltam àquela imagem de Nossa Senhora sugerem que devem ser substituídas por nossas mãos, que devemos ser como Maria, pelos caminhos do mundo.

Devemos ser Maria em nossa casa, onde vivem os nossos próximos mais próximos. Devemos ser Maria na comunidade formada pela Igreja cujo credo professamos, no nosso ambiente de trabalho, qualquer que ele seja. Devemos ser Maria qualquer que seja nossa condição, sadios, cheios de coragem e mesmo num leito de dor.


Ser Maria é ser Mãe de Jesus representado por todos os homens e mulheres, nossos irmãos e irmãs. Jesus em todos. É ter coração de Mãe e desvelar-se com todos os cuidados  por todos e por um único semelhante ou não, do mudar fraldas, ao aconchegar de encontro ao peito, do consolar, ao alimentar, ao aplaudir e sustentar em todos os aspectos, levantar, se cair.