O último domingo, que foi
o quarto da quaresma, foi o domingo da alegria, O roxo deu vez ao rosa, vocês
repararam? na liturgia, nas toalhas do altar e até nas cores dos paramentos que
os celebrantes usaram.
Representa uma pausa no
tempo em que os sentimentos não de tristeza, mas de contrição e penitência são
a tônica de todos os ritos, das leituras e das orações.
As leituras nos propuseram
ou nos trouxeram o tema da “luz”, definindo a experiência cristã, como um
“viver na luz”. É por isto que no evangelho, Jesus apresentou-se como “a luz do mundo”, luz que
resplandece e ilumina as trevas sejam de que tipo for. Sua missão é libertar os
homens das trevas do egoísmo, do orgulho e da autossuficiência, sentimentos que
causam tanto transtorno em suas – nossas - vidas, ou falando de forma bem
popular se constitui em “dar com os burros nágua”, ou ainda “quebrar a cara”. E
sem necessidade, porque a luz está ai. Continua sendo verdade que não se acende
uma vela, para colocar debaixo da cama, mas para iluminar a todos que estão na
casa. Não por outro motivo a lâmpadas das nossas casas estão no forro ou no
teto, enfim, no alto.
Aderir à proposta de Jesus é enveredar por um caminho de liberdade e de
realização que conduz à vida plena. Assim, da ação de Jesus nasce o Homem Novo,
isto é, o Homem elevado às suas máximas potencialidades, à plenitude do seu
ser, pela comunicação do Espírito de
Jesus.
A primeira leitura não se referia diretamente ao tema da “luz” (o tema
central na liturgia deste domingo). No entanto, conta a escolha de David para
rei de Israel e a sua unção: é um ótimo pretexto para refletirmos sobre a unção
que recebemos no dia do nosso Batismo e que nos constituiu testemunhas da “luz”
de Deus no mundo.
Na segunda leitura, Paulo propõe aos cristãos de Éfeso que recusem viver
à margem de Deus (“trevas”) e que escolham a “luz”. Em concreto, Paulo explica
que viver na “luz” é praticar as obras de Deus (a bondade, a justiça e a
verdade). Tal qual o tema da CF nos lembra: Foi para a liberdade que Cristo nos resgatou.