quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

PATRONA WEBER MULLER NA AMALETRAS


Vilma Paraíso Ferreira de Almada, casada com o poeta Roberto Almada, nasceu em
Vilma Almada
Guaçuí (ES) em 14/04/1936 e morreu em 04/10/1988, em Mallorca (Espanha), numa fase de grande produção intelectual, terminando o doutorado em História. Professora de Prática de Ensino de História na Universidade Federal do Espírito Santo, unia a feminilidade à intelectualidade.
Mãe, esposa e profissional exemplar. Séria, brilhante, decidida, privilegiava a vida acadêmica e não a burocrática, a administrativa. Licenciou-se em História na FAFI, em 1965 e fez o mestrado em História na Universidade Federal Fluminense, diplomou-se pela Escola Superior de Guerra, formou-se também em piano pelo Conservatório Brasileiro de Música, no Rio de Janeiro (1957 a 1960). O piano era o seu grande prazer, privilegiando obras dos compositores românticos (Bach, Chopin, Bethoven, Mozart e Shubert).
Era membro do Instituto Histórico Geográfico do Espírito Santo. A sua obra Escravismo e transição- O Espírito Santo (1850/1888), publicada pela editora Graal do Rio de Janeiro em 1984, que trata da escravidão no Brasil, tem sido fonte de estudo em todo o Brasil. Foi a primeira historiadora cientista a assinalar a importância da mão de obra. 
Na publicação póstuma, do que seria a sua tese de doutorado, que ficou inacabada, Estudos sobre a estrutura agrária e cafeicultura no Espírito Santo, publicada pela Secretaria de Publicação e difusão (SPDC) da UFES em 1993, se destaca a abordagem do dinamismo da economia cafeeira no ES, nas primeiras décadas do século XX, resultado da imigração europeia e da divisão de grandes propriedades.

Patrona da cadeira número 31 da Academia Feminina Espírito-santense de Letras