quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

ORAÇÃO DE FIM DE ANO




Senhor Deus, Senhor do céu e da terra, nos vos agradecemos pelo amor com o qual  amorosamente, nos assististe e conservaste em cada dia do ano de 2014.

Temos que reconhecer que pouco ou nada fizemos para merecer tantas graças ao mesmo tempo em que nos lembramos das inúmeras vezes que pedimos:  “não olheis para os meus pecados, mas para a fé da tua Igreja”.
Fica assim explicado, porque fomos preservados de tantos males e de tantos perigos que rondaram nossas vidas dos quais fomos poupados. Outros não o lograram. 
Desta forma, agradecemos pela fé e pelo bem que anima tantas pessoas fazendo com que permaneçam assíduas no culto, na divulgação da Palavra e alertando sobre teu advento e se constituem assim, no óleo precioso que mantém acesa a lâmpada do amor e fazendo que esta luz ilumine não só os que estão dentro de casa, mas todos que te amam e servem, estejam em qualquer lugar. 
Pedimos pela intercessão de Maria, tua e nossa mãe, que sejamos inundados do teu amor, libertados de todos os vícios, de toda maldade, de tudo em que não tiver a ti, como fundamento. 
Cada dia de 2015,  nos encontre dispostos a divulgar em todo mundo, tua Palavra, teu amor e tua graça e assim fazermos jus aos inúmeros bens e todas as graças, com os quais nos cumulaste.
Amém.

domingo, 28 de dezembro de 2014

A FAMILIA PELO PAPA FRANCISCO



A SANTA IGREJA CATÓLICA COMEMORA HOJE 
O DIA DA FAMILIA

Ninguém melhor para nos falar que o Papa Francisco. É uma mensagem de 2013, mas nada que se retire um ano depois.


HOMILIA
Santa Missa pela Jornada das Famílias em ocasião do Ano da Fé
Praça São Pedro – Vaticano
Domingo, 27 de outubro de 2013

Boletim da Santa Sé
Tradução: Jéssica Marçal


As leituras deste domingo nos convidam a meditar sobre algumas características fundamentais da família cristã.

1. A primeira: a família que reza. O trecho do Evangelho coloca em evidência dois modos de rezar, um falso – aquele do fariseu – e outro autêntico – aquele do publicano. O fariseu encarna uma atitude que não exprime a gratidão a Deus pelos seus benefícios e a sua misericórdia, mas sim satisfação de si. O fariseu se sente justo, se sente no lugar, se apoia nisso e julga os outros do alto de seu pedestal. O publicano, ao contrário, não multiplica as palavras. A sua oração é humilde, sóbria, permeada pela consciência de sua própria indignidade, das próprias misérias: este é um homem que realmente se reconhece necessitado do perdão de Deus, da misericórdia de Deus. A oração do publicano é a oração do pobre, é a oração que agrada a Deus, que, como diz a primeira Leitura “chega às nuvens” (Eclo 35, 20), enquanto a do fariseu é sobrecarregada pelo peso da vaidade.
À luz desta Palavra, gostaria de perguntar a vocês, queridas famílias: rezam alguma vez em família? Alguns sim, eu sei. Mas tantos me dizem: como se faz? Mas, se faz como o publicano, é claro: humildemente, diante de Deus. Cada um com humildade se deixa olhar pelo Senhor e pede a sua bondade, que venha a nós. Mas, em família, como se faz? Porque parece que a oração seja algo pessoal e então não há nunca um momento adequado, tranquilo, em família… Sim, é verdade, mas é também questão de humildade, de reconhecer que temos necessidade de Deus, como o publicano! E todas as famílias têm necessidade de Deus: todos, todos! Necessidade da sua ajuda, da sua força, da sua benção, da sua misericórdia, do seu perdão. E é necessário simplicidade: para rezar em família, é necessário simplicidade! Rezar junto o “Pai Nosso”, em torno da mesa, não é algo extraordinário: é algo fácil. E rezar junto o Rosário, em família, é muito bonito, dá tanta força! E também rezar um pelo outro: o marido pela esposa, a esposa pelo marido, ambos pelos filhos, os filhos pelos pais, pelos avós… Rezar um pelo outro. Isto é rezar em família, e isto torna forte a família: a oração.

2. A Segunda Leitura nos sugere um outro ponto: a família conserva a fé.O apóstolo Paulo, no fim de sua vida, faz um balanço fundamental e diz: “Conservei a fé” (2 Tm 4, 7). Mas como a conservou? Não em um cofre! Não a escondeu sob a terra, como aquele servo um pouco preguiçoso. São Paulo compara a sua vida a uma batalha e a uma corrida. Conservou a fé porque não se limitou a defendê-la, mas a anunciou, irradiou-a, levou-a longe. Colocou-se do lado oposto a quem queria conservar, “embalsamar” a mensagem de Cristo nos confins da Palestina. Por isto fez escolhas corajosas, foi a territórios hostis, deixou-se provocar pelos distantes, por culturas diversas, falou francamente sem medo. São Paulo conservou a fé porque, como a havia recebido, doou-a, indo às periferias sem se apegar a posições defensivas.
Também aqui, podemos perguntar: de que modo nós, em família, conservamos a nossa fé? Nós a temos para nós, na nossa família, como um bem privado, como uma conta no banco, ou sabemos partilhá-la com o testemunho, com o acolhimento, com a abertura aos outros? Todos sabemos que as famílias, especialmente as mais jovens, muitas vezes são “apressadas”, muito ocupadas: mas alguma vez já pensaram que esta “corrida” pode ser também a corrida da fé? As famílias cristãs são famílias missionárias. Mas, ontem ouvimos, aqui na Praça, o testemunho de famílias missionárias. São missionárias também na vida de todos os dias, fazendo as coisas de todos os dias, colocando em tudo o sal e o fermento da fé! Conservar a fé na família e colocar o sal e o fermento da fé nas coisas do cotidiano.

3. Um último aspecto recebemos da Palavra de Deus: a família que vive a alegria. No Salmo responsorial encontra-se esta expressão: “os pobres escutem e se alegrem” (33/34, 3). Todo este Salmo é um hino ao Senhor, origem de alegria e de paz. E qual é o motivo deste alegrar-se? É este: o Senhor está próximo, escuta o grito dos humildes e os livra do mal. Escrevia ainda São Paulo: “Alegrai-vos sempre…o Senhor está próximo” (Fil 4, 4-5). É…eu gostaria de fazer uma pergunta hoje. Mas, cada um leve-a ao seu coração, a sua casa, como uma tarefa a fazer, certo? E se responda sozinho. Como está a alegria na sua casa? Como está a alegria na sua família? E dêem vocês a resposta.
Queridas famílias, vocês sabem bem: a verdadeira alegria que se desfruta na família não é algo superficial, não vem das coisas, das circunstâncias favoráveis…A alegria verdadeira vem da harmonia profunda entre as pessoas, que todos sentem no coração, e que nos faz sentir a beleza de estar junto, de apoiar-nos uns aos outros no caminho da vida. Mas na base deste sentimento de alegria profunda está a presença de Deus, a presença de Deus na família, está o seu amor acolhedor, misericordioso, respeitoso para com todos. E, sobretudo, um amor paciente: a paciência é uma virtude de Deus e nos ensina, em família, a ter este amor paciente, um com o outro. Ter paciência entre nós. Amor paciente. Somente Deus sabe criar a harmonia das diferenças. Se falta o amor de Deus, também a família perde a harmonia, prevalecem os individualismos e se extingue a alegria. Em vez disso, a família que vive a alegria da fé a comunica espontaneamente, é sal da terra e luz do mundo, é fermento para toda a sociedade.
Queridas famílias, vivam sempre com fé e simplicidade, como a Sagrada Família de Nazaré. A alegria e a paz do Senhor estejam sempre com vocês!

CAMINHOS DA GRÉCIA

Na Grécia antiga, a religião estava estritamente vinculalda à mitologia de forma que não havia uma religião única, senão um conjunto de cultos e mitos que, documentados pela primeira vez pela cultura micênica, tiveram uma estrutra definida na Época Arcaica.

Os deuses gregos eram antropomórficos e imortais e formavam uma sociedade organiza hierarquicamente, na qual, Zeus ocupava a liderança, no trono do Olimpo.

Os deuses gregos tampouco tinham sangue e sim licor, e se alimentavam de ambrosia, néctar e dos sacrifícios. 

Costumavam interferir caprichosamente no destino dos mortais, portanto as pollis (cidades) costumavam prestar-lhes homenagens a fim de garantirem sua simpatia.  

PANTEÃO GREGO







PALÁCIO DE RODES



sábado, 27 de dezembro de 2014

NO CURSO DE UMA CAMINHADA



Despertei mais cedo e assim, sem outra coisa para fazer, decidi por uma caminhada que médicos sempre recomendam. Deveria tomar gosto. 

Optei por sair pela direita que me levou à travessia pela ponte “Airton Sena”, onde há sempre alguns pescadores. É a primeira parada. –Bom dia! estica-se a conversa, mostram-me a lata onde colocaram pequenas arraias, umas três ou quatro, cada um.  Mais um dedinho de prosa e prossigo com um clássico augúrio: boa continuação de pescaria, sorrimos. 

Como sempre, pequenos barcos de pesca ancorados e dispersos pelo canal, dão à paisagem um tom de mais beleza, que a luminosidade do sol projetando-se sobre as águas, acrescenta majestosamente. 

Nestas primeiras horas da manhã, o sol é também benfazejo, pelo que sua incidência sobre a pele chega a ser agradável, talvez pela  certeza inclusive do bem que   faz.

Os bares estão fechados, também, só há pouco viram sair o último freguês, hoje é sábado e só dois dias após o Natal.  

Chego à praia e atinge meu olfato odor fétido, era o caminhão de lixo que passava. Voltei, certa de que meus passos pela direção a baixo, não o ultrapassaria e assim estaria totalmente fulminado, o agradável de caminhar.
Caminho, caminho, sento num banco, deixo o sol se encarregar de nutrir a região das minhas costas com seus raios ultravioleta. E então observo. Crianças não, mas adultos há de toda idade. 

Chama-me a atenção, o balançar não comum de mãos e braços de um octogenário e o compasso firme e célere dos seus passos. Não me passa despercebido que a perna direita não tem o mesmo movimento da outra, indício de precedente desagradável, que certamente motivou-o à prática de exercícios matinais e o alegram pela conquista. 

Lá vem outro homem, nossa, que barriga enorme...  a bermuda está cintada abaixo dela... Passa exatamente à minha frente. Desvio o olhar da barriga para sua face e deparo-me com uma expressão de quem não se sente diferente pela barriga que tem e que convive perfeitamente, normalmente com ela. A admiração fica comigo. 

Desisto da contemplação do mar, posto que sempre provo uma pitada de nostalgia causada pela incidência, mar a dentro, do porto de Tubarão que da altura em que me postei, até parece que fechou o mar, transformando aquela porção de água em nada menos que simples baía. 

Em direção oposta, ah, eles, os arranha-céus! São muitos de diversas cores, variam também, ainda que não expressivamente, em altura. Vitória ficou pequena, derrubaram-se quase todas as casas da Praia do Canto e em seus lugares, construíram-se edifícios, eles permitem no mesmo pedaço de chão, morada de mais gente. 

O homem tem sede de bem viver e com dinheiro vai pensando que está comprando seu bem estar.

Que bonita vai-se tornando sempre mais esta Vitória!

Já no ponto onde espero que o sinal se feche para atravessar a rua, surge ao meu lado, um metro e quarenta, por aí, com uma velha bermuda molhada, auricular a posto, telefone na mão, dança tranquilamente ao som da música que ouve. 

Atravesso a rua, prossigo, ao final do segundo quarteirão, ouço peculiar arrastar de chinelo de borracha no cimento da calçada, não precisei voltar-me, já passava ao meu lado, aquele “hominho” caminhando e dançando, em frente, até onde lhe desse na telha e depois voltar?

A rua é pública, mesmo que seja da Praia do Canto, é que sob o sol há sempre lugar para todos e a ninguém se veda passar.  

               Marlusse Pestana Daher                                                                     Vitória, 27 de dezembro de 2014  9:40

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

CAFÉ DA MANHÃ DE NATAL



Eram mais que 10 h deste dia seguinte ao do Natal. Peguei meu livro recém-publicado “Magnificat”, autografei e fui cumprir propósito tomado, presentear minha vizinha do sétimo andar, a pernambucana Mércia e  Joca, seu marido. 

Chamá-lo de Joca é resultado do acordo que fizemos, ele não me trataria mais de doutora, em contrapartida eu o chamaria de Joca, ao invés de Josildo. 

Toquei a campainha, a porta da cozinha foi aberta e Joca me fazia entrar, cheguei a sentar-me no banco da mesa da cozinha, mas Mércia abriu a porta da sala e me fez entrar por ela, acrescentando, antes que de tanto eu me certificasse, que estava sendo servido um cafezinho. Eis que, quando ingresso na sala, vi uma mãe felicíssima, rodeada dos três filhos, genro e noras, dos netos. Nada faltava àquela mesa de café da manhã ainda em clima de natal: das castanhas, ao queijo de Minas com sabor de pimenta, pães, bolos, doces, e tudo que carinho de mãe sabe preparar e condimentar com amor invulgar. 

Após as saudações que se impunham, eu também fui servida de café e tive que comer um pedacinho daquele bolo. Imagine, se Mércia me deixaria fazer a menos, aliás, o café dela tem um sabor particular. 

Ao mesmo tempo, a conversa começou a girar em torno do livro que presenteei. Expliquei ser comemorativo aos 20 anos do meu programa de rádio e que todos os textos foram transmitidos. Mércia se lembrou do meu primeiro livro de poesias: “Os anjos não fazem arte”.

Um dos rapazes, aliás, deveras galante, ao cumprimentar-me, beijou-me a mão. Foi tirar da cama as filhinhas para que as conhecesse, muito lindas, de rostinhos delicados e narizes de princesa. Fiquei sabendo que a bisavó delas é poetisa e se dá aos haicais. 

Robson folheava meu livro enquanto fazia algumas perguntas. Ao lado estava sua Clarinha, uma moreninha linda, que com apenas 14 anos já atingiu boa altura. Cochichou-me a avó: está com um namoradinho... 

Cada um disse-me alguma coisa em particular, comuniquei-me com todos. Senti-me maravilhosamente bem entre aquela família, tudo transpirava amor e a experiência invulgar de estarem juntos o que é privilégio de tempo de natal. Os dois filhos moram um, no Rio de Janeiro, o outro, em Salvador na Bahia. 

Foi uma experiência bonita que vivi hoje e que com certeza coroa as orações de minha amiga que por falta de quem a acompanhasse, fez sozinha a novena de Natal. 

Que Deus os abençoe e proteja e já que as ocupações não lhes permite muitos encontros ficará em cada um, a intensidade com que se amavam hoje. Estarão abastecidos até o próximo encontro. 

                                                                Vitória, 26 de dezembro de 2014  20 horas