sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

OUTRAS MARIAS

Estamos prestes a finalizar a semana, hoje é sexta-feira,  pensando em Nossa Senhora, a grande protagonista deste tempo de Advento!

Foi Maria que a partir do momento da anunciação, quando a exemplo de Jesus que diz: eis que venho, ó Pai, para cumprir a vossa vontade, definindo-se como serva, afirmou, aceitando a vontade de Deus, aceitando protagonizar como Mãe do Salvador, a história da salvação, respondeu ao anjo: diga a Deus que estou disposta a cumprir em tudo a sua vontade.

Maria é a primeira seguidora de Jesus, sua primeira anunciadora, tanto que, quando chega a casa de Isabel, sua prima grávida de seis meses do precursor, aquela mulher se enche do Espírito Santo e exclama em alta voz: que sorte a minha, ser visitada pela mãe do meu Senhor, imagine que meu filho encheu-se de alegria no meu ventre, manifestou-se como nunca tinha acontecido antes, deu pulos de alegria (foi o momento da santificação de João Batista), bem aventurada, minha prima, porque você acreditou no que lhe foi dito pelo mensageiro do Senhor.

Em resposta, evidenciando que conhecia o projeto de Deus, Maria responde: a minha alma engrandece ao Senhor e exulta meu espírito em Deus meu Salvador. Olhou para a pequenez de sua serva, doravante, todas as gerações me chamarão bem aventurada.


Repetiram nossos antepassados, nós fazemos o mesmo e no futuro, quem viver também repetirá: Ó Mãe bem aventurada, intercede por nós, para que também digamos a Deus nosso Sim e sejamos para o mundo outras Marias que o encham de Jesus.

Do programa 5 Minutos com Maria
Rádio América - AM 690
Há 19 anos no ar.



São Benedito, “O Santo Mouro” 

Confessor da Fé 
1526 - 1589 
 

Nascido na Sicília, em 1526, era filho de escravos em uma propriedade próxima de Messina. Foi libertado ainda muito jovem por seu Senhor.

Manifestou desde os dez anos uma pronunciada tendência para a penitência e para a solidão. Guardando rebanhos, entregava-se à oração, e os maus tratos que recebia dos companheiros foram a ocasião para se voltar com mais fervor para Jesus, fonte de toda consolação. Aos 18 anos, com o fruto de seu trabalho, provia a si mesmo e aos pobres.

Tinha vinte e um anos quando foi insultado publicamente por causa de sua cor. A atitude digna e paciente que teve na ocasião não passou despercebida, e o líder de um grupo de eremitas franciscanos o convidou a fazer parte da comunidade. Benedito aceitou o convite, e, com o tempo, passou a ser o seu novo líder.

Por volta de 1564, o grupo se dispersou, e Benedito foi aceito como irmão leigo pelos frades franciscanos de Palermo, começando por trabalhar na cozinha.

Em 1578, eles precisaram de um novo guardião (título dado ao superior), e Benedito foi o escolhido, apesar de ser leigo e analfabeto. Ele só aceitou o cargo depois de compreensível relutância, mas administrou o mosteiro com grande sucesso, tendo adotado uma interpretação bem mais rigorosa das regras franciscanas.

A sua conduta no cargo justificou plenamente a escolha dos superiores: foi respeitoso para com os padres, caridoso para com os irmãos leigos, condescendente para com os noviços, e foi por todos respeitado, sem que ninguém tentasse abusar de sua humildade.

Sua confiança na Providência foi sem limites: recomendara ao porteiro jamais recusar esmolas aos pobres que se apresentassem. Dava a seus religiosos o exemplo de todas as virtudes. Era sempre o primeiro no coro e nos exercícios da comunidade, o primeiro na visita aos doentes e no trabalho manual.

Na direção do noviciado demonstrou uma grande doçura e consumada prudência: os noviços tiveram nele um guia seguro, um pai cheio de ternura e um excelente mestre da Escritura, cujas leituras do Ofício lhes explicava com surpreendente facilidade.

Sem saber ler nem escrever, tinha, manifestamente, o dom da ciência infusa, acontecendo-lhe de dar respostas luminosas a mestres em Teologia que o vinham consultar. A este dom unia também o da penetração dos espíritos e dos corações.

Sua vida tornou-se um exercício contínuo de todas as virtudes, e Deus lhe concedeu o dom de operar milagres.

Terminado o tempo de seu cargo, voltou novamente ao ofício de cozinheiro, felicíssimo por reencontrar a vida obscura e oculta, objeto de todos os seus desejos.

Em 1589 caiu gravemente doente, e Deus lhe revelou que seu fim estava próximo. Na recepção dos últimos sacramentos experimentou como que um antegozo das alegrias celestes. Morreu docemente no dia 4 de abril.

Foi canonizado em 1807, e normalmente em suas imagens traz o menino Jesus nos braços, que lhe foi colocado por Maria Santíssima, pela sua grande devoção, e pela suave doçura com a qual Jesus preencheu o seu coração.

São Benedito foi chamado de "O Santo Mouro", por causa de sua cor negra. Sua festa litúrgica é celebrada em 5 de outubro. Aqui por nossas bandas a festa é hoje. 

Certamente é uma dos santos mais populares no Brasil, cuja devoção nos foi trazida pelos portugueses, e são inúmeras as paróquias e capelas que o escolheram como padroeiro, inspiradas em seu modelo admirável de caridade e humildade.