quinta-feira, 28 de março de 2013

QUINTA-FEIRA MAIOR

Última ceia
Esta quinta-feira santa faz voltar no tempo a minha lembrança para resgatar umas coisas boas que ficaram lá atrás. Minha mãe me transmitiu muitos e bons ensinamentos, tal qual por sua vez aprendeu.

O que me disse sobre a quinta-feira santa? Tratava-se como ela e seus contemporâneos denominavam da QUINTA-FEIRA MAIOR, dia de RESPEITO. Não me lembro de que tenha dado outras explicações. Era  maior, de respeito e disse tudo. Mas como é a véspera da paixão e sucede a quarta-feira, quando eu sempre ia à “procissão do encontro” deixando-me penetrar de toda aquela representação, também não perguntava. Bem, tinha o “lava-pés”. E ai se inseria esse dia tão pleno de amor divino, quanto o é o de amanhã.

Associada à ideia de ser um dia  de grande respeito, mais de uma vez era com um misto de decepção e emoção que contava daquele homicídio acontecido exatamente nesse dia. Se matar já é um desatino, acontecer numa quinta-feira feira maior, nem pensar, era o cúmulo.

Hoje, estamos mais bem instruídos sabemos melhor, na quinta-feira da semana santa comemoramos a instituição de dois grandes sacramentos, na última ceia de Jesus com os apóstolos: o Sacramento da Eucaristia, sacramento do amor, e o da ordem que faz quem o recebe, sacerdote para sempre.

Eucaristia é o sacramento em que Jesus se dá como alimento e que agora, por vontade da Igreja, passou a ser sempre nas duas espécies, isto é: comungamos corpo e sangue de Jesus. Trata-se do modo como Jesus quis continuar dando a prova maior de amor da qual temos notícia.

D. Luis M. Villela
Arcebispo de Vitória
Por sua vez, o sacerdócio ministerial se encarrega de cumprir o que Jesus mandou. Depois de transformar o pão no seu corpo e o vinho no seu sangue, Jesus disse aos apóstolos: fazei isto em memória de mim.

Todos somos sacerdotes, afirmou o Concílio Vaticano II, formamos um reino de sacerdotes, mas há aquela parcela de convidados em particular, aqueles que são constituídos pelo sacramento da ordem a conduzirem a Igreja sob o efeito da graça de Deus: padres, Bispos, Cardeais, o Papa. 
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É, portanto, um dia para demonstrarmos a Jesus nosso agradecimento pelo sacramento da Eucaristia e pelos sacerdotes que ouvindo seu chamado respondem com generosidade a um serviço tão necessário. Não esqueçamos que eles precisam de nossa oração para que sejam generosos e saibam conduzir o rebanho de Deus como bons auxiliares dos Bispos dando glórias a Deus com suas vidas.