De fato, a caridade é a plenitude da lei! Nós
sabemos disto, sabemos quanto é duro ser vítima de um gesto de desconsideração,
ser desdenhado, não acolhido, não amado.
Mesmo assim, quantas vezes
não temos para com o nosso próximo, aquela atitude de respeito e de carinho,
não o preservamos na sua individualidade, imiscuímo-nos no seu mundo, desarrumamos
suas coisas, desordenamos sua vida.
Outro ensinamento que
coincide com a mesma lição, vem de São João, na primeira de suas cartas: Nós sabemos que passamos da morte para a
vida porque amamos nossos irmãos, quem não ama permanece na morte.
Entende-se com esta a afirmação
que estávamos mortos. Quando o amor brotou, quando o amor se potencializou em
nós, ocorreu como que uma ressurreição e nos encontramos na vida direcionados
para amar, amar a Deus, amar o próximo, amar o próximo não porque nos
representa Deus – argumento mediante o qual teríamos dificuldade de amar os inimigos,
os que ainda estão na morte, porque não amam. Mas amar o próximo porque ele é
como eu e como eu, precisa ser amado. Ainda mais, amá-lo com o mesmo amor e do
mesmo modo que Jesus me amou.
Tenhamos cuidado até com
certos tipos de brincadeira, o outro pode não saber que estou apenas brincando
e com minha brincadeira acabo por feri-lo profundamente. Tenhamos caridade,
amemos sempre, todos, mesmo que nos custe.
Amando, é certo que não
teremos jamais do que nos arrepender, em caso contrário, não amando, com certeza,
acabaremos sempre por nos arrepender.