segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

MULHERES E PODER


Entre 10 a 17 de novembro do ano passado, a Federação Internacional das Mulheres de Carreira Jurídica realizou em Dakar, seu XXI Congresso Internacional sob o tema: “Direitos Humanos como condição da paz”.


Presidente Dilma Roussef
Concluiu que nos próximos três anos, todo seu operar há de ser com o objetivo de fazer crescer “O Poder das Mulheres no Processo de Tomada de Decisões," leia-se, na política.

Pelas iniciativas que se veem em evidência, tal objetivo, formulado lá na África, está em sintonia com o que, ainda que debilmente, se vem procurando e acontece aqui e acolá.

Por outro lado, cumpre reconhecer que a marginalização da mulher como acontece, é devida a uma ainda não sepultada cultura encarnada no seio social, que relega as mulheres a um patamar inferior, mesmo ante evidências ou provas de que absolutamente nada deixam a desejar na realização de tudo que se propõem.

Registra a organização internacional, União Interparlamentar, com sede em Genebra, na Suíça: o Brasil ocupa a 146ª posição em um ranking sobre a participação das mulheres nos Parlamentos em 192 países do mundo. Com inexpressivo 9%, perde para Cuba, que conta com 36% de mulheres, no seu parlamento. Logo Cuba... pois é!

Numa tentativa de reverter esse quadro, a Lei 12.034, de 29 de setembro de 2009, estabelece que o partido ou coligação para concorrer aos cargos legislativos, deve apresentar pelo menos 30 % de nomes femininos. Encontram dificuldades em satisfazer tal exigência, daí a corrida que empreendem para fazer candidatas de qualquer jeito, quando chega a hora.

Para isso, partido que se presa, até conta com encantadores cujas flautas mágicas logram atrair mulheres, as quais, depois de muitas promessas, são lançadas “sem eira nem beira” aos lobos, em campanha. O que importa ao partido é que o percentual foi assegurado.

Por outro lado, os mesmos partidos despertaram para um projeto: “Formação Política para mulheres”. Decidiram colaborar. Estão sendo realizados encontros com vista a preparar candidatas para as eleições.

Realmente, uma boa ideia. Mister contudo, que o quanto antes, se encontre o método adequado para que se tire  melhor proveito de tal processo,  se obtenha o melhor resultado. Temos nomes ligados às diversas áreas que têm com que e podem colaborar expressivamente.

Importa escolher com eficiência os temas a serem abordados, improvisar é péssimo. As mulheres capixabas de carreira jurídica já foram convocadas, que digam logo presente.
Publicado em A GAZETA
17/02/2013