segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

FESTA DE LUZ, É VERÃO

Dirigindo meu carro, saio da garagem e confirmo que temos um domingo cheio de sol, uma festa de luz e opto pelo caminho da praia, para chegar à Igreja onde pretendi assistir a missa das 11 h. Hoje é domingo!  Quando atravessei a ponte de Camburi, dei-me conta de que a partir da primeira entrada no bairro vizinho, a avenida está interditada, só passam banhistas.

Sem opção, prossegui. Mesmo porque me dispusera a ver pessoas, o colorido dos biquínis, das sungas, das saídas-de-praia, enfim, de tudo de que pouco se veste quem vai ao mar ou apenas à praia. 

Tive que adiar a Missa, atrasei-me, tendo que ir bem mais longe para fazer o retorno.

A rua interditada virou passarela, onde uns praticam corrida ou simplesmente caminham, outros vão de esqueite, ou dão voltas num improvisado quadriciclo, tocado a quatro pernas. Alguém encontrou uma forma de aumentar o orçamento. De forma bem artesanal, construiu vários, que ficam à disposição de quem os quiser alugar. Não falta quem queira.

Uma multidão está lá se deliciando com a brisa que mesmo o sol forte não impede de soprar, se o ambiente é praia. Centenas de sombrinhas compõem uma visão característica desse tempo. Famílias inteiras, jovens, adultos e crianças, dividem o mesmo ambiente, não é preciso ingresso para entrar, ninguém precisa pedir licença para estar. Na chegada, com esteira num braço, cadeira no outro, alguns levam isopor com comida e bebida, afinal de contas, toda praia que se presa tem que ter seus “farofeiros”. Um olhar geral e encontrado mesmo que pequeno espaço na areia, ali a barraca é armada e cada um por sua vez se aboleta confortavelmente, todos de frente para o mar. Em verdade, “melhor que isso só dois issos”.

Verão é para isso mesmo, para que as pessoas tenham oportunidade de tirar férias, viajar, quem puder, estar mais tempo com a família. No nosso país de praias maravilhosas, dificilmente há quem dispense procurá-las e desfrutar da melhor forma possível os agradáveis momentos que se pode proporcionar. Quem mora em Vitória, pois, tem acrescida a agradável sensação de estar na “cidade sol de um céu sempre azul”.
Observe-se: na praia, todos têm o mesmo objetivo, todos se vestem quase iguais, se acomodam de forma mais que semelhante, olhar para frente, vista do mar, delicia de contemplação com as ondas que vêm e que vão. Mesmo que não falem todos com todos, todos estão irmanados e respeitam as individualidades.

Bem que se pode repetir tal convivência onde não é mar.

Lá pelas 14 a dispersão começa progressivamente com volta à casa. Mas a praia e o mar não ficarão jamais sem presença humana, começa a chegar o pessoal da caminhada, mães, pais ou babás que empurram carrinhos com bebês para o passeio do entardecer, alguns jogam vôlei ou o que gostam.

No horizonte o sol se põe, o céu assume um tom áureo infinito, a cada olhar com intervalo breve, uma nova visão se oferece, até que o astro rei se esconde por inteiro, a noite vai chegando, enquanto ainda há gente que caminha.