Em
seu livro “Forças da decadência”. Frei Ignácio Larragnaga fala ao mesmo tempo
de sofrimento e paz.
Diz-se
que o sofrimento passou a fazer parte da história humana pela incapacidade do
homem e da mulher em lidar consigo, com suas fraquezas, sua impotência; em não
se deter perante a dor, ou ficar curtindo-a, julgando-se incapaz de ressurgir
dela.
Já
teremos ouvido alguém dizer, nós mesmos talvez tenhamos dito: enquanto houver alguém sofrendo ao meu lado,
não tenho direito de pensar na minha felicidade.
Frei
Ignácio ensina o contrário, pois só os
amados amam, só os livres libertam, mas os que sofrem fazem sofrer. Os
semeadores de conflitos na família ou no trabalho são sempre espinho e fogo para
os outros, porque estão em eterno conflito consigo mesmos.
Dá
para entender? Significa que não temos condição de fazer alguém se libertar de
quaisquer condições em que se encontre se não formos livres. A única maneira de amar o nosso próximo se
traduz em nossa auto reconciliação. Não é verdade que de verdade alguém ama
mais outra pessoa do que a si mesmo. Isto não é possível e se acontece, o amor
é amor errado e amor errado, claro, não dá certo.
O
ideal do amor é amar o próximo como a si mesmo. A medida, portanto é o como a
SI MESMO, eu mesmo, antes que o próximo.
Quando
alguém não se ama de verdade e corretamente, acabará que tudo dará errado.
É
certo que é um tema para muita reflexão e aqui não se esgota. Quem sabe
continuemos.