segunda-feira, 1 de abril de 2013

PRIMEIRO DE ABRIL

Acaba de irromper o quarto mês do ano de 2013,  era depois de Cristo. Até mesmo as crianças costumam repetir: como o tempo passa rápido, quando percebem que escoou o tempo da brincadeira, quem sabe? E faz-se necessário a ocupação com tarefas menos enlevantes, estudar, por exemplo.

Criança no Projeto Tamar
Quanto mais nós que já rompemos grande parte das jornadas que nos foram concedidas, no fundo, ao ver que o tempo passa tão célere, estremecemos ante a impressão de estar, diante da proximidade do “até logo”, que tem mais sabor de "adeus", nunca acontece simplesmente ou sem muita e muita dor. Quem quiser, que diga que é natural, que todos vamos morrer, que é a única certeza que temos e outros “engana tolo” mais. Eu detesto a morte!  

Não gosto nem de pensar nela e indiferente a isto, não é que ela está sempre a povoar meus pensamentos? Mannaggia! (Mal haja) dizem os italianos.

E o que há de melhor é que, no entanto, a vida é bela. Deixar de viver pensando no que ainda vai acontecer é perder o presente que se nos apresenta com todas as forças, é enjaular-nos no que deprime.

Que bonito é o dia neste 1° de abril! O sol brilha com todas as forças do seu esplendor, está no que se pode dizer, no auge do que deve ser. Céu de azul imenso, nuvens que vão do branco branquíssimo, ao cinza. A temperatura é agradabilíssima.

Ouço o ronco de um avião pequeno que sobrevoa as proximidades, pessoas caminham despojadas no exercício matinal. Muitas estão trabalhando, a engrenagem da vida está em franca atividade.

Em algum laboratório, o cientista pesquisa em busca de mais uma fórmula para acabar com uma doença, os economistas analisam as melhores possibilidades dos mercados, professores transmitem conhecimentos aos seus alunos, em cada setor, profissionais se entregam a consecução do melhor resultado. Malfeitores arquitetam suas tiranias... Minha sobrinha Gabriela, com dois filhos, retorna a casa onde mora, em Lima, no Peru, deixando tanta saudade.

A vida é assim, não é que podemos alterar seu curso. Quando alteramos, apenas invertemos papeis, desempenhamos uma tarefa característica a determinada circunstância, todos dormimos, acordamos, trabalhamos, nos alimentamos, viajamos...   Ora uns, ora outros, ora estes, ora aqueles... Não fazemos as mesmas coisas todos ao mesmo tempo, mas de forma alternada.

Acabo de escrever uma crônica, fiz o que agora mais faço, escrever. É 1° de abril, no FB postei: vou almoçar hoje na sua casa. Se fosse verdade precisaria de quase mil estômagos.

E agora o deixo, leitor, vou viver.

Vitória, 1 de abril de 2013 – 09:48