IMPRESSÕES DE UMA ADMIRADORA
Herinéia sempre me falou do
“Projeto Araçá” e havia magia nas suas palavras e na sua expressão em cada
momento. Depois que ela nos deixou, outros me falaram.
Devido ao misto de emoção
que sempre permeia o que dele se fala, ficou em mim um tom de bom e de belo
daqueles que se constituem nos corações de crianças e mesmo quando crescem
conservam na lembrança quais lendas suaves. Se não era assim, ao menos foi assim
que sempre interpretei. Mas passaram-se 18 anos até que se desse meu primeiro
contato com tal realidade e foi justamente no episódio do último evento 7º
Encontro da Arte em Comunicação em cuja oportunidade fui agraciada com o título
de CIDADÃ LITERÁRIA. Foram três dias de demonstração intensa de como o mundo
pode ser melhor, de como se descobrem talentos, de como se dá ao adolescente e
ao jovem oportunidade de descobrir seu potencial, seus dons literários,
artísticos, científicos.
Verdadeira explosão de talentos que só podem culminar
por despertar os mais efusivos aplausos. Nascido do sonho de três
universitárias, impelidas pelo desafio de trabalho conclusivo dos
respectivos cursos, o Araçás é uma realidade palpitante, cativadora,
despertadora de abnegação da parte de pessoas que até sem nenhuma remuneração,
trabalham pelo alcance dos seus fins. Movem-nas o combustível denominado amor ou
fazer o bem.
Passou a chamar-se “Centro Cultural Araçá” e justifica o novo
título, o fim de um projeto é ser realizado. Ali, educandos e educadores estão
convencidos de que “Lê melhor, quem lê a vida” e que “Ler melhor a vida é
acreditar que os jovens são o futuro”. Portanto deve prepará-los oportunizando
alcance de profissões que lhes permitam superar com dignidade, os desafios
inevitáveis que a vida interpõe em todo caminhar e num diversificado leque
também em formas que melhor correspondem às aptidões e aspirações individuais.
Assim, são atores, projetistas, declamadores, jornalistas, gráficos, produtores
de audiovisuais, além de tudo que oportuniza a informática vez que conta com
significativo número de máquinas e não é só.
Em assim sendo, as belas concepções
que sempre povoaram meus pensamentos sobre o Araçá se confirmaram, além de terem
sido enriquecidas, porque o que vi, representa como popularmente se diz: “tudo
de bom”. Justificam-se sobejamente, as parcerias obtidas com grandes empresas
nacionais, com a Prefeitura Municipal e com a sociedade em geral que aplaude e
agradece, pois veem resultados multiplicados do quanto com que participam,
verdadeira multiplicação de pães, numa comparação humana, a exemplo do que
outrora protagonizou o Homem de Nazaré.
Eu sei que meu escrito voa nas asas da
poesia, fato com o qual não me importo, por que me importaria se falo do Araçá,
nome que evoca a frutinha verde abundante em suas cercanias. E claro, valho-me
da oportunidade para, pela parte que me toca, agradecer a todos que tornaram
concreta tão nobre realidade. Agradeço pelo honroso e dignificante titulo com o
qual meus colegas da “Academia Mateense de Letras” - AMALETRAS – e eu fomos
erigidos à condição de “Cidadãos Literários”. Parabéns a todos e peço genuflexa
que o Senhor do céu e da terra os proteja, guarde e abençoe, conserve e
multiplique o entusiasmo para que continuem a crer neste serviço tão bonito.
Marlusse Pestana DaherPresidente da AMALETRAS
(Academia Mateense de Letras)
Disponível em:http://www.projetoaraca.org.br/ver-noticia/71