quarta-feira, 2 de novembro de 2011

TODOS OS SANTOS E FINADOS

        São tantos os santos que um ano que tem apenas 365 dias não dá para ter um dia para cada um. Por isso, a Igreja instituiu o 1° de novembro, como dia de todos os santos, isto é, dia de todos aqueles que pautaram de tal forma a própria vida que chegaram à glória dos altares.
Pela nossa natureza, somos levados a pensar que no mundo, haja mais mal que bem e por consequência, que hajam mais pessoas más que pessoas boas. Graças a Deus não é assim. Há muitas pessoas boas, pessoas que se doam, que entenderam que a melhor coisa a fazer da própria vida é entregá-la por amor.
No exato momento em que escrevo lembro-me daquela professora de educação física que depois do seu horário de trabalho dedica-se a crianças que não têm recursos e que se tornaram tão hábeis e exibem movimentos maravilhosos de ginástica, ensinados por ela. Isto é amor, é dedicação, é dar-se. Talvez o que nos impede de ver o bem é não crer que as pessoas sejam boas.
Peçamos a Nossa Senhora que interceda por nós e que nos faça  ter olhos para ver a bondade que  existe nos outros.
Que tenhamos consciência de que Deus quer a nossa santificação, que devemos ser santos e até, não só como João Batista, santificado naquele momento maravilhoso em que se deu o encontro de sua mãe que o tinha no ventre com Maria, que depois da anunciação vai visitá-la; nem só como a própria Maria concebida sem pecado original,  “achou graça diante do Senhor e foi escolhida por Deus para ser Mãe do seu Filho, mas ”santos como é santo, o Pai que está no céu”.
A Constituição Dogmática Lumen Gentium do Concilio Vaticano II dedica o seu cap 5° a falar sobre a santidade. Uma das afirmações fortes é a seguinte:

41. Nos vários gêneros e ocupações da vida, é sempre a mesma a santidade que é cultivada por aqueles que são conduzidos pelo Espírito de Deus e, obedientes à voz do Pai, adorando em espírito e verdade a Deus Pai, seguem a Cristo pobre, humilde, e levando a cruz, a fim de merecerem ser participantes da Sua glória. Cada um, segundo os próprios dons e funções, deve progredir sem desfalecimentos pelo caminho da fé viva, que estimula a esperança e que actua pela caridade.

Querer ser santo não é vaidade, não é idéia extravagante é cumprimento da vontade de Deus.  

Finados - 2 de novembro

        Dia de rezar de modo especialíssimo pelos mortos. Podemos ter a tentação de ficar tristes, não conseguirmos aceitar esse evento, essa certeza absoluta que ninguém discute a que chamamos morte, ainda é pensamento o qual preferimos “não só por para escanteio”, mas “expulsar de campo” do futebol da  vida.                                                             
        Em cada família um ente é só saudade, deveria ser conforme canta Roberto Carlos: “você é a saudade que eu gosto de ter”.
        Devemos pedir a intercessão de Nossa Senhora no sentido de que envidemos esforços para acreditarmos na ressurreição.
        A morte não é o fim é com ela que se nasce para a vida eterna. Jesus ressuscitou e vivo voltou ao seio da Santíssima Trindade, Nossa Senhora também foi para o céu (céu que não é um lugar, claro, mas o estar face a face com Deus).
        A ressurreição de Cristo é certeza de que ressuscitaremos também; não estranho que meu ouvinte não goste de falar nem ouvir falar de morte, confesso que nem eu.  Isso atesta que nossa fé é muito pouca. Olhando para Jesus, meditando todos os acontecimentos da vida Dele, deveríamos ser mais corajosos.        
        Que todos os santos que já gozam da presença de Deus, face a face, intercedam por aqueles que já morreram e que ainda não viram Deus, que possam merecer logo, todo efeito da misericórdia do Pai.
        Maria, mãe de Jesus, que por seu singular amor a Deus mereceste antes de todos os homens e mulheres do universo, a glória da assunção, subindo de corpo e alma ao céu, interceda por nós, faz-nos ver e aceitar plenamente, todos os desígnios de Deus, com certeza, desígnios de amor e de misericórdia.