terça-feira, 12 de abril de 2011

POR SOBRE AS NUVENS BRILHA SEMPRE O SOL

No lugar em que mais fico no meu apartamento, quando estou ao computador, a janela por onde a luz entra, fica à direta. Errado, deveria ser à esquerda. Em compensação quando estou à mesa, fico de costas. Tudo bem, isto só para dizer da surpresa que acabo de provar.
De repente o clarão era mais forte, olhei pela janela e vi que as nuvens densas que impediam a passagem da luz do sol se dissiparam e dai esse brilho intenso e esplendoroso que com a mesma intensidade com que surgiu, me despertou.
São 7 h e 14 m, acordei hoje, bem mais cedo.
... tudo na vida é quase sempre assim. Há momentos em que as coisas nos parecem estranhas, outras absurdas e ainda outras inacreditáveis e nos deixamos levar pela impressão que nos causam e como resultado vem abatimento, melancolia, desânimo, quem sabe uma vontade de enfiar a cabeça numa carapuça e mergulhar ali.
É quando a gente se esquece que "tudo passa, tudo passará, que nada fica nada ficará", a não ser o amor é claro; esquecemos que a vida é feita de momentos, tais quais estações, que carregam energias de uns para os outros e que dependem do nosso saber administrar, do nosso saber entrelaçar sentimentos com fatos, realidades com quimeras, sensatez com esperança, fé com equilíbrio e tudo com tudo isso e ainda com o que mais em volta houver.
A bipolaridade só afeta como patologia, portando é questão de crenças e certezas manter a estabilidade do humor.
O dia estava fechado, a luz era turbada por nuvens escuras bastou que elas se dissipassem para quem estava por trás demonstrar que desde o nascer do dia estava ali.
Não estamos sós, no plano humano, há sempre alguém que nos quer bem compartilhando conosco todo afeto de que é capaz, espreitando e assim que divisa, tantas vezes mesmo sem divisar, o sinal verde da reciprocidade acorre para nos cobrir de atenções e demonstrar gratuitamente o quanto somos importantes; no plano espiritual ou divino um Deus que ama de amor incansável, nos ama eternamente.
Por tudo isso, eu que sempre ouço sorrindo, não incrédula, mas de certa forma complacente, pela repetição com a qual acontece a Luisa dizer: "por sobre as nuvens brilha sempre o sol", vou repetir-lhe que tem toda razão.