quarta-feira, 6 de abril de 2011

AMAI-VOS UNS AOS OUTROS...

O AMOR não e coisa que se possa ver, ao contrário podemos ver as pessoas amorosas, podemos ver os gestos realizados com amor, podemos ver os projetos comunitários que visam o amor prestado aos mais carentes. Mas será que essa é a prática de nossa vida, de nossas comunidades? Será que é isso que se vê no mundo de hoje? Para refletir sobre o amor cristão é preciso questionar nossos preconceitos, nossas desigualdades, nossos egoísmos, questionar como estamos cuidando do mundo e de seus habitantes, porque amar, é cuidar.

O livro dos Atos nos revela que Deus “não faz distinção entre pessoas, pelo contrário, Ele aceita quem o teme e pratica a justiça”. Nossas comunidades devem, portanto, ser abertas a todos: aos não cristãos, aos poucos convictos, aos indiferentes, àqueles que estão em situação de busca...

Cornélio e sua família receberam o Espírito Santo antes mesmo de serem batizados, ou seja, ao ouvir a Palavra. O anúncio central da leitura está na expressão “Deus é amor”, e nesta outra “o amor vem de Deus”; a preocupação de João em sua carta era que a caridade reinasse entre seus vários membros, para que fosse conhecido de todos o amor que Deus manifestou ao enviar seu Filho amado. O Evangelho emprega nove vezes a palavra amor.

É o amor do Pai pelo Filho e do Filho por nós comunicados pelo Espírito Santo. Isso gera relacionamento fraterno e solidário. Mandamento maior; é uma postura dinâmica da vida no cuidado pelo outro. “Se obedecerem aos mandamentos permanecerão no meu amor”.

Cumprir os mandamentos é viver um projeto de vida e de liberdade como o Pai manda. Não é um romantismo, mas um serviço de entrega da vida. É permanecer na alegria plena. É esse amor que cuida do mundo para que ele seja sempre novo. É viver o mais profundo da relação humana, a amizade, para que o amor permaneça, e sejamos atendidos pelo Pai. Mas o amor não pode vir de um lado só. Se Deus tanto nos amou em Cristo, nós também devemos corresponder.

Ora, Deus não precisa do nosso amor para si. Ele quer que amemos os seus filhos, nossos irmãos. Jesus nos chama de amigos, mas se queremos ser seus amigos de verdade, devemos observar o que Ele nos pede: “que amemos uns aos outros como Ele nos amou”. Tendo como prática pessoal e comunitária o diálogo, a partilha, o acolhimento, a compreensão, o interesse mútuo, a verdade, as boas obras e ações para a construção da paz verdadeira.

Que o Espírito Santo de Deus ilumine nossas comunidades, superando todas as divisões para que prevaleça o amor!

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